- 12 de novembro de 2024
Por Marlen Lima
O presidente da Câmara de Vereadores de Boa Vista, José Reinaldo, disse hoje ao Fontebrasil que, se as investigações da Polícia Federal apontarem irregularidades entre a conta bancária da prefeita Teresa Jucá com contratos firmados nos últimos anos pela Prefeitura, o caminho será o da cassação dela.
"Não outro caminho (cassação). A não ser que ela então renuncie", afirmou José Reinaldo. Ele, no entanto, disse que primeiro a Câmara aguarda o resultado das investigações para tomar a decisão que for necessária.
Dados do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeira) apontam indícios de prática de atos de improbidade administrativa e desvio de recurso público o que pode resultar na cassação do mandato da prefeita.
Como fator complicador para Teresa Jucá, José Reinaldo lembrou que ainda há o caso da limpeza pública, aonde o Ministério Público obteve na Justiça o bloqueio dos bens da prefeita, "e nós estamos acompanhando todo este processo, bem como esse mais novo caso em que aumentam as suspeitas de atos ilícitos pela prefeita. Isso tudo é muito grave", destaca José Reinaldo.
INDEFINIDO
O vereador Rogério Trajano (PTC), que tem mantido uma posição política indefinida já que nem se firma como sendo da situação e nem da oposição, acompanha o raciocínio do presidente da Câmara quando revela que se ficar comprovado a irregularidade, "o procedimento ético é o da cassação. Tudo dependerá dos subsídios que o Ministério Público nos enviará e a Câmara não poderá ficar omissa".
O vereador Rogério revela ainda que ao saber da notícia, dada pela reportagem do Fonte, ficou muito triste em saber da determinação da Procuradoria da República para que seja feita uma devassa, pela Polícia Federal, nas contas da prefeita Teresa e nas contas da prefeitura de Boa Vista, "mas tudo tem que ser apurado rapidamente, pois precisamos dar uma resposta para sociedade".
Do Ministério Público Federal de Roraima, o procurador Rômulo Conrado comunicou que até o momento nada foi enviado pela Procuradoria Geral da República, ficando o caso ainda restrito só a própria Procuradoria.