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Vivemos uma era teatral de nojeiras

Os espetáculos que assistimos diariamente nos jornais, em especial pela TV, nos mostram um show novo a cada momento nos presenteando com o que parecer ser o maior teatro produzido pelos melhores e maiores atores brasileiros, os nossos políticos.


Por Marlen Lima

ACIMA DO LAMAÇAL

O lamaçal vivido na política está provando que aqueles que se diziam sempre éticos nem são e pelo jeito jamais foram como pregavam, pelo menos uma singela parte dos petistas, que ainda insistem em ser os paladinos da verdade. O PT é ao mesmo tempo o sapo e o escorpião que na travessia do lago não resiste em naufragar em suas próprias paranóias, em seu próprio veneno, com o ar de um falso esquerdismo que não avança, não cresceu.

Um nome pode e será preservado pela sua história porque Lula está acima do seu partido que revela estar na mesma planice da bandalheira que todos os partidos comungam. Bob Jefferson está fazendo um favor ao país, à política quando revela a podridão da escória que se instalou nos porões tanto do Congresso como nos governos federal, estaduais e municipais. Ninguém, afirma o nocateador Jefferson, está fora da podridão da corrupção ou como passivo ou como ativo.

AMANHÃ NEBULOSO

Mas sinto que disso tudo que vemos não teremos um amanhã político melhor, onde campanhas eleitorais milionárias continuarão a existir e partidos e os próprios políticos continuarão se vendendo para se locupletar. E o povo, este continuará a ser tratado como mera peça coadjuvante desse teatro vagabundo que vivemos desde os tempos do Império, e que na República está tendo seu ápice, seu momento mais glorioso.

Não sou petista, nunca fui. Mas sou um brasileiro que acredita na história e na política desse homem chamado Luís Inácio Lula da Silva, que é, de longe, o mais brasileiro de todos os presidentes, sendo o maior representante do povo. Sou Lula, sim, e sem a menor vergonha. Tenho orgulho de ter participado de um processo que levou o primeiro operário ao poder.

Acredito que o presidente Lula poderá mostrar o quanto é um político que de sua história alicerçada no mais nobre pilares, mostrará à população que essa sujeira toda em nada irá abalá-lo, frustrá-lo e distanciá-lo de um projeto que é grandioso, melhorar a vida dos oprimidos, dos mais necessitados, do povo que ainda tem esperança de que esse governo é a saída para dias melhores.

Ainda que sinta um amanhã nebuloso, sou brasileiro e não vou desistir de acreditar que dias melhores virão.

Os espetáculos que vemos diariamente nos jornais, em especial pela TV, nos mostram um show novo a cada momento nos presenteando com o que parecer ser o maior teatro produzido pelos melhores e maiores atores brasileiros, os nossos políticos.

Hora é um deputado que jura de pés juntos que não roubava sozinho, com ele outras dezenas de ladrões participam do rombo ao erário público, assim, logo roubam o povo, este que não sabiam que estavam elegendo atores e não homens sérios que deviam trabalhar para o bem da população mais carente.

Portanto, hora são agentes e ex-agentes de inteligência do governo federal, empresários, e cidadãos nem tanto comuns, nesse jogo sórdido se tornam pessoas anormais, se transformando em peças especiais desse cômico-trágico teatro monstruoso de babel.

E vemos que tudo isso vem sendo colocado de forma clara, contundente, impecável e constatamos que temos as mais primorosas peças teatrais elaboradas por esses imbecis que primam apenas em satisfazer o próprio ego num grotesco processo de enriquecimento ilícito.

Esse teatro de politicagem nos revela uma triste história com um enredo repleto de falsidades, mentiras, trapalhadas, sordidez, mau caratismo, escorioso, nefasto, que nos dão a nítida sensação de vivermos uma gloria ingloriosa, já que se não fosse pelos de três mil reais de propina de um pobre e imundo chefe de departamento dos Correios, não estaríamos sendo brindados com toda essa nojeira. Sujeira esta que deveria nos levar a um caminho futuro com mais limpidez, mas duvido que venha.

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