- 12 de novembro de 2024
EDERSEN LIMA, EDITOR
Cinismo e covardia
Criticar, apontar falhas e comentar situações fazem parte do papel da imprensa em qualquer lugar onde haja liberdade de expressão e democracia. Em Roraima, terra que uns e outros querem manter de muro baixo, qualquer avaliação jornalística que fuja ao elogio, não é vista como opinião. É tida como manifestação política-partidária adversária.
Num programa de rádio, o senador Romero Jucá, elegante e diplomaticamente se dispôs a responder perguntas dos ouvintes. Mas ao ouvir questionamento mais incisivo sobre o que teria feito nesses 10 anos de mandato para resolver a questão fundiária do estado, Romero arrepiou o bigode e subiu nas tamancas.
Nada diplomático e longe de manter a elegância, foi acusando o ouvinte de ser "Neudista" numa alusão ao ex-governador Neudo Campos, e nem respondeu à pergunta. Aliás, isso ele nunca respondeu. Foi líder do governo FHC e do governo Lula. Mas esteve ausente da questão fundiária. Isso é fato, não é partidarismo.
Chega a ser cômico a cara de pau que alguns políticos fogem de temas espinhosos, alegando que a pergunta tem má intenção. Mas se não há o que se temer, porque não responder ao questionamento? Se por ventura, um eleitor que não votou em Romero Jucá lhe perguntar algo, não merece resposta? Só merece atenção quem votou nele?
O mesmo (acusar de partidarismo) vale para o veiculo de imprensa que contesta ações e que aponta traquinagens de políticos que acima de serem bem votados e astutos, são cínicos e covardes.
P.S: O jornalista Joel Maduro, foi o ouvinte que questionou Romero Jucá.
THE ALIGATORS
O PT deveria ser PC, de Partido dos Chorões. Quando deixou o governo, José Dirceu chorou. Quando foi defender o partido em reunião interna, o tesoureiro Delúbio Soares, chorou. José Genoíno, no programa Roda Viva da TVE, chorou. Lula vivia chorando e até o ex-governador Flamarion Portela enquanto petista, também se emocionou derramando lágrimas. Pode?
TAMBÉM
Pra não destoar, o homem da mala, Marcos Valério, chorou também ontem durante depoimento na CPI.
SEGURANÇA DISPENSADA
O juiz Hélder Girão Barreto dispensou a segurança que mantinha fornecida pela Polícia Federal desde que mandou para cadeia mais de 50 pessoas acusadas de participação no caso gafanhotos.
SEM RECESSO
O Congresso Nacional continuará funcionando normalmente em julho,
sem o recesso parlamentar, porque os deputados e senadores do governo e da
oposição não chegaram a um consenso sobre a ajuda do governo aos produtores
rurais, com a liberação de recursos para saldarem suas dívidas, e com isso
não houve acordo para a votação da LDO - Lei de Diretrizes Orçamentária, na
Comissão Mista de Orçamento. Sem votar a LDO, o Congresso Nacional não entra
em férias.
O presidente da comissão, senador Gilberto Mestrinho (PMDB-AM), decidiu,
diante da intransigências dos parlamentares, marcar para o dia 26,
terça-feira, sessão para a votação da lDO,m quando, segundo disse, espera
que os líderes da oposição e do governo chequem a um consenso sobre a
questão financeira dos agridcultores e possa haver acordo para votar a LDO.
A Comissão Mista de Orçamento, no entanto, funcionará normalmente durante o
mês de julho, sempre às terças-feiras, à tarde.
DESTINO DO DINHEIRO
Os altos índices de dengue em Boa Vista, tem tirado o sono de várias famílias que clamam por ações concretas contra a doença, principalmente nos bairros mais afastados do centro, onde os casos são em sua maioria.
Preocupado com essa situação, o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) quer saber onde foram aplicados os recursos liberados pelo Governo Federal à Prefeitura de Boa Vista. Nesse sentindo, ele enviou ofício ao presidente do Tribunal de Contas da União, ministro Adylson Motta, solicitando que haja por parte do TCU, auditagem nas ações de combate à dengue, de 2000 até o corrente exercício.
Para o senador o pedido se prende ao fato, em registro da Prefeitura, houve um aumento de 1330%(um mil e trezentos por cento) nos casos de dengue em relação ao mesmo período de 2004.
PROCURADO
A Policia Federal de Roraima está procurando o presidente da Central dos Assentados de Roraima, Antônio Ailton da Silva, que está liderando os agricultores no movimento em frente ao Incra desde o inicio da semana, segunda-feira. Um mandato de prisão contra ele foi assinado pelo juiz Helder Girão Barreto.
As policias Federal e Militar vão fazer a segurança do Incra em Roraima até o dia 12, quando devem chegar ao Estado, os representantes do Governo Federal.
E-MAIL ABERTO
Caros amigos do Fontebrasil! Sou um pobre concursado da Fetec/Fecec a mais de 18 anos! Muito se fala das folhas de pagamentos e é um absurdo o que se vem se fazendo aqui na nossa instituição! Mudaram o nome da Fecec para Fetec e os cargos comissionados explodiram não em números mais em aumentos. Mais gente na rua, menos gente trabalhando porém com salários absurdos para nossa realidade; o maior salário era de 1.800 reais e hoje com menos gente trabalhando diversos salários de R$ 7 mil, 4 mil, 3.500 mil e ai vai..tudo para dar sustentação a próxima campanha, pois não se fala outra coisa por aqui... e nos pobres concursados? Nossos salários vergonhosos de menos de 500 reais cadê o respeito ao funcionário público? Peço a vocês que falem com os vereadores, radio Equatorial para checarem as folhas de pagamentos do passado e de agora ai tirem suas conclusões e vejam os pára-quedistas eles tem os maiores salários...filho de peixe peixinho é".
ASS. Pobres Concursados há mais de 18anos INDIGNADOS.
BOLSA
Governador Ottomar Pinto anunciou o lançamento de dois novos programas sociais que irão beneficiar estudantes do Ensino Médio e universitários. O anúncio ocorreu na manhã de hoje (06/07), no bairro Sílvio Botelho, durante entrega de Vale Alimentação.
Em seu discurso, o chefe do executivo estadual ratificou a idéia de execução do projeto que prevê a distribuição de bolsa-auxílio para estudantes universitários. A lei que regulamenta o projeto já foi aprovada pelo legislativo e em breve 1.500 bolsas serão disponibilizadas para estudantes do 3º grau que estudam em faculdades particulares de Roraima. A bolsa terá o valor de 80% de um salário mínimo e os recursos serão gerenciados pela Secretaria de Educação.
FIM DA OBRIGAÇÃO
A deputada Suely Campos (PP) quer aproveitar a reforma política para acabar com o voto obrigatório. Ela já encaminhou estudo à consultoria jurídica da Câmara Federal sobre apresentação de emenda constitucional que poria fim à queixa de parcela de eleitores brasileiros contra a obrigatoriedade em comparecer às urnas.
"Chega a ser contraditório vivermos no estado de democracia e obrigarmos o cidadão eleitor a votar. A premissa da democracia é justamente a liberdade e direito à escolha de seus representantes. Obrigá-lo a exercer a sua liberdade não é democrático, é imposição", analisa a deputada.
CAI O QUARTO
O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação de Governo, o petista Luiz Gushiken, decidiu deixar o governo. Ele conversou ontem sobre o assunto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e comunicou que sairá. Em encontro na Granja do Torto, o presidente não fez menção de demovê-lo. Lula ficou irritado com a revelação de que a revista do cunhado do ministro recebe verbas publicitárias crescentes de empresas públicas e também com a de que a empresa de consultoria Globalprev, da qual Gushiken era dono, teve seu faturamento aumentado em 600% no governo atual.
AUMENTO
Passará para R$ 24,5 mil o salário de ministro do Supremo Tribunal Federal. A reboque, vem aumento também para os desembargadores.
ERRATA
E-mail corrige a coluna. O presidente do Sinjoper, Humberto Silva, não batizou o dono da Folha de B. Vista, de "Getúlio Paredão Dragagem Cruz", como foi publicado anteontem, e sim, de "Getúlio Dragagem Paredão Cruz".
SEM JABÁ
Falando em Humberto Silva, que é pré-candidato a deputado estadual, está perdendo boa oportunidade de mostrar como pretende, com mais abrangência, atuar em defesa da classe jornalística caso se eleja.
Colegas continuam com salários atrasados há mais de três meses. São profissionais sérios e dedicados. São pais de família que honram a profissão e se negam a fazer jabá.
PISTA
A coluna dá uma pista para quem está investigando a identidade do ex-diretor do finado Banco de Roraima, o Banroraima, e não o Baner, que foi pegou em flagrante tentativa no anos 80 de superfaturar compra de equipamentos e serviços de informática: A ética é o seu maior patrimônio.