- 12 de novembro de 2024
Edersen Lima, Editor
PÁRA-QUEDISTA
Ditado popular diz que o uso do cachimbo é que faz a boca torta. Com pré-campanha ao Senado em andamento, o chefe da Casa Civil do governo, Luís Clerot, confirma que apesar dos anos, o governador Ottomar Pinto, mantém a mania de importar candidatos para concorrer ao Senado e à Câmara Federal.
O maior tempo de permanência de Luís Clerot em Roraima se deu na primeira semana em que Ottomar assumiu após a cassação de Flamarion Portela, ou seja, das poucas vezes em que veio ao estado, Clerot nunca passou de três a quatro dias hospedados em Boa Vista.
Mas, segundo a pregação, para Ottomar, isso o credencia a concorrer a senador ou deputado federal por Roraima.
ILUSÃO
Por outro lado, Ottomar Pinto dá sinais de que o seu candidato ao Senado, é Mozarildo Cavalcanti, do PTB, que concorrerá à reeleição.
Alguém está sendo iludido nessa história.
AGRADECIDA
O certo é que, se Ottomar apoiar um pára-quedista haverá debandada da sua base. A prefeita Teresa Jucá, virtual candidata ao Senado, agradece antecipadamente a divisão dos votos.
NO ERRO DO ADVERSÁRIO
Vale lembrar que, Na eleição para o Senado em 1994, Ottomar lançou Antônio Brito que não se elegeu e ainda tirou votos do ex-prefeito Barac Bento, o que facilitou a eleição de Romero Jucá.
NO ERRO DO ADVERSÁRIO 2
Em 2000, foi a vez de Neudo Campos. Lançou Carlos Coelho que teve votação pífia, mas suficiente para tirar de Ottomar, que concorria à reeleição à Prefeitura de Boa Vista, os votos que deram a vitória para Teresa.
VICINAIS
O deputado Chico Rodrigues cobrou do governo federal a liberação de recursos para o projeto Calha Norte. Ele destacou que estados como Roraima serão beneficiados com o projeto que visa também obras de conserva em estradas vicinais.
"No caso de Roraima, é importante que no período de chuvas as obras nas vicinais estejam em plena realização, facilitando o escoamento da produção agrícola", defendeu.
SAÍDA HONROSA
Romero Jucá deu entrevista dizendo que deixou o Ministério da Previdência porque o presidente Lula não quer manter na Esplanada ministros que serão candidatos no ano que vem.
Mas Romero não assumiu que será candidato. E não era ele que foi para a Previdência executar o "choque de gestão"?
A saída dele está sendo vista como uma forma honrosa de deixar o governo depois que uma tsunami de acusações de desvio de dinheiro público e calote do Basa marcou seus dias no ministério.
FORA DA MÉDIA
Romero Jucá ficou três meses na Previdência. Amir Lando, que o antecedeu ficou um ano e dois meses. O "imexível", Rogério magri, no governo Collor, ficou um ano e oito meses.
MÁ INFLUÊNCIA
O deputado Pastor Frankembergen vem pegando pesado contra a exibição de cenas de homossexualismo na TV.
Vê como uma má influência para crianças.
SENHOR DRAGAGEM
Depois de quatro tentativas frustradas de se eleger ora ao governo, ora ao Senado, o dono da Folha de B. Vista, Getúlio Cruz, vai concorrer a uma vaga de deputado federal, provavelmente pelo PSB.
Getúlio concorrerá condenado pela Justiça Federal pelo rolo da dragagem do rio Branco, que sugou mais de US$ 10 milhões do governo federal, na época em que ele foi governador biônico.
As denúncias que culminaram na condenação de Getúlio Cruz motivaram o governador Ottomar Pinto, a batizá-lo de "Senhor Dragagem".
SENHOR DRAGAGEM 2
Além da condenação da Justiça Federal, Getúlio vai concorrer respondendo acusação de aplicar calote no Basa, junto com Romero Jucá, quando os dois eram sócios da Frangonorte, empresa que, para obter o "papagaio", prometia gerar empregos, riqueza e abrir fronteiras para o setor aviário no estado.
No entanto, auditoria do Basa apurou que a Frangonorte revendia frangos congelados da Sadia e que o dinheiro liberado para o empréstimo de R$ 4,5 milhões foram usados para pagar dívidas diversas, menos com investimentos na Frangonorte.
PAREDÃO
Esse negócio de prometer geração de empregos, de riquezas e outras coisas tem tudo a ver com Getúlio Cruz. Ainda quando governador biônico, ele prometia em tom de ameaça a quem duvidasse da construção da hidroelétrica de Paredão, dar um "choque elétrico".
O choque que Roraima teve com o Paredão foi o de ver que mais dinheiro público escorreu pelo ralo.
A obra não realizada da hidroelétrica inspirou o jornalista Humberto Silva, presidente do Sinjoper, a batizar Getúlio com outro apelido: Getúlio Paredão Dragagem Cruz, lembra?
INCOMODADO
Por falar em Getúlio Cruz, quem leu a nota da coluna Parabólica, na Folha de B. Vista, viu o quanto o dono do maior jornal de Roraima sente-se incomodado com sites de notícias que nem de longe ameaçam a Folha, não é?
APOIO
Já tem deputado federal defendo proposta da deputada Suely Campos que propõe na reforma política a fidelidade partidária por três anos, dando ao parlamentar a liberdade de no último ano de mandato a decidir se continua ou não no partido pelo qual foi eleito.
MENSALÃO NO PMDB
Caciques peemedebistas dão bronca no líder do partido na Câmara, José Borba. O deputado não foi convincente ao rebater suspeita de que também recebeu propina em troca de apoio ao governo.
O PRIMEIRO A CAIR
O PT sofreu ontem a primeira baixa interna em conseqüência das acusações feitas pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ). O secretário-geral do partido, Silvio Pereira, pediu licença da Executiva Nacional em carta enviada no início da tarde ao presidente da legenda, José Genoino. O gesto do dirigente surpreendeu os petistas e agravou a crise provocada pelas denúncias de pagamento de mesada a parlamentares da base governista.
Sílvio foi o principal avalista do ingresso de Flamarion Portela, no PT.
MERA COINCIDÊNCIA
Saques em contas da agência de publicitário foram feitos em períodos de votações de interesse do governo no Congresso.
APOSTA
Ganha um doce, quem descobrir o nome de ilustre figura impoluta que, quando diretor do finado Banco de Roraima, tentou armar esquema de superfaturamento em serviços de consultoria na área de informática, através de empresa fantasma daqui de Brasília.
Foi desmascarado em plena reunião da diretoria do banco, mas os documentos e a ata da reunião estão correndo em redações.
SAPO-BOI
As desculpas usadas para os rolos de empréstimo do PT; mensalão; rolo da Basa com o Frangonorte, de tão descaradas não passam de conversa pra sapo-boi dormir.