Movimento grevista dos servidores federais realiza Ato Público

O comando do Movimento Grevista dos Servidores Públicos Federais no Estado de Roraima realizam hoje (1º de julho), a partir das 9 horas da manhã, um Ato Público na praça do Centro Cívico, em frente a Assembléia Legislativa. A manifestação é uma mobilização dos servidores contra o descaso do Governo Federal com os serviços públicos essenciais ao atendimento do cidadão roraimense nas áreas de saúde, educação, reforma agrária, ambiental, cultural, indígena, entre outras.
O coordenador do Comando de Greve, José Carlos Gibin, esclarece que o movimento grevista dos servidores da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Fundação Nacional do Índio (Funai), Ministério da Agricultura e Procuradoria da Fazenda Nacional (PFN), além de reivindicar direitos garantidos por lei e exigir serviço de qualidade no atendimento da população tem como objetivo protestar contra o desmonte do serviço público e a falta de políticas públicas e investimento em setores essenciais à construção da cidadania e da dignidade humana.
Pauta de reivindicações
Na pauta de reivindicações estão questões como o reajuste emergencial de 18% a título de antecipação das perdas acumuladas de janeiro de 1995 à dezembro de 2004, a criação de uma política salarial com incorporação das gratificações aos salários (alguns servidores ainda precisam receber complementações para que o valor de sua remuneração seja superior ao valor do salário mínimo). Também está na pauta de reivindicações a paridade entre ativos, aposentados e pensionistas e a reconstrução dos serviços públicos com a criação de novos concursos. Hoje o número de servidores aposentados já supera em 8% o numero de servidores na ativa.
O dia 2 de junho marcou o início da greve dos Servidores Públicos Federais de todo o Brasil por tempo indeterminado. O movimento grevista motivado pelas perdas salariais e condições precárias de trabalho de diversas categorias já conta com adesões nos 26 Estados e no Distrito Federal.
Segundo Gibin, o governo iniciou um processo de diálogo com os servidores, mas não evoluiu no processo de negociação, porque "ele não tem respeitado nem respondido as questões levantadas pelas entidades sindicais, além de ignorar e romper com acordos firmados com os trabalhadores federais".