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Federal instaura inquérito para apurar seqüestro de indígenas em RR

A superintendência da Polícia Federal em Roraima já instaurou inquérito para apurar as responsabilidades pelo seqüestro de cinco indígenas da maloca São Miguel, na terra indígena Raposa Serra do Sol, ocorrido na madrugada de terça-feira, 21, garantiu o delegado José Francisco Mallmann.


A superintendência da Polícia Federal em Roraima já instaurou inquérito para apurar as responsabilidades pelo seqüestro de cinco indígenas da maloca São Miguel, na terra indígena Raposa Serra do Sol, ocorrido na madrugada de terça-feira, 21, garantiu o delegado José Francisco Mallmann. Ele esteve na manhã de hoje na sede do Conselho Indígena de Roraima - CIR, participando da reunião ampliada dos coordenadores regionais, a quem prestou outras informações sobre a segurança após a homologação da terra indígena.

Segundo Mallmann, ontem, 21, pela manhã, foi feito um sobrevôo na aldeia São Miguel - três dias depois do chamado feito pelos indígenas para que a PF efetuasse a prisão de invasores retidos por terem destruído uma plantação da comunidade. A demora dos agentes federais resultou na invasão por mais de 200 moradores da cidade de Pacaraima, para resgatar as pessoas retidas pelos indígenas.

A Polícia Federal confirmou a invasão por oito moradores de Pacaraima, comandadas por um homem conhecido apenas pelo apelido de "Ceará", que estava armado. Eles seqüestraram cinco indígenas e os levaram amarrados, caminhando por duas horas, até uma localidade chamada "Fazendinha", em território venezuelano. No sobrevôo feito pela PF e Fundação Nacional do Índio - Funai, foi observada a presença de nove veículos do Brasil e Venezuela.

Os reféns foram liberados horas depois do sobrevôo feito pela PF e Funai. "Provavelmente os seqüestradores ouviram pelo rádio que pedimos reforços e isso os fez libertar os prisioneiros", sugeriu o delegado Mallmann.

Aos tuxauas, na sede do CIR, ele disse que as ações de segurança da Polícia Federal na terra indígena Raposa Serra do Sol estão prejudicadas pela falta de pessoal. "Em 2004 ficamos sem a metade de nossos agentes, que tiveram de sair por força de ações judiciais, tratamento de saúde, casamento e outros. Mas em julho vai melhorar e em dezembro vai melhorar ainda mais", garantiu.

Segundo os indígenas, os posseiros têm feito muitas ameaças. O tuxaua Nelino Galé disse que na semana passada um avião bimotor fez sobrevôos rasantes sobre a comunidade "Homologação", invadida e destruída em novembro do ano passado por posseiros.

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