- 12 de novembro de 2024
Por Marlen Lima Para os deputados Suely Campos (PP) e Pastor Frankemberg (PTB) o que faltou no discurso do ex-ministro da Casa Civil, o ex-todo poderoso do governo Lula, o deputado José Dirceu (PT/SP) foi humildade e bom senso. Suely Campos diz que o ex-ministro José Dirceu, que agora retorna à Câmara dos Deputados, "tem que se despir do poder. Ele ainda está muito se sentindo poderoso, e isso não é bom". Para a deputada, ele ter iniciado o seu discurso prestando contas do governo foi uma forma de defesa, "onde ele colocou que o governo tem boas ações e que está combatendo a corrupção, mas não dá para esquecer que num primeiro momento o próprio governo foi contra a criação da C|PI dos Correios", destaca a parlamentar. Outro ponto que Suely coloca é que Dirceu não deveria ter levado ao Plenário, para na hora de seus discurso, "uma claque de petistas como força de apoio e de força, isso mais pareceu um circo que foi armado por ele. Não pegou bem, além dele estar com muita empáfia". O deputado Pastor Frankemberg disse que até num determinado momento do início do seu discurso, "Dirceu manteve uma coerência, ele deveria ter mantido a mesma linha de que o governo está realizando. Mas ao mudar para a questão política ele desvirtuou e criou um clima que não esperava que acontecesse". Para o Pastor, houve uma armação por parte do PT, de Dirceu quando trouxe para o Plenário uma turba de agitadores, "que estavam ali para elogiá-lo e isso foi muito triste quando parlamentares se digladiaram. E isso não tinha visto aqui na Casa". O deputado revela que o que ele espera é que, "daqui para frente possamos discutir os trabalhos e possamos apurar todas essas dúvidas e acusações que recaem sobre o Congresso, e nesse ponto tenho que parabenizar a imprensa que vem cumprindo o seu papel para que esses assuntos não podem ser encobertos, e como diz na Bíblia, não existe nada nesse mundo que um dia não será descoberto". Ao usar da Tribuna, José Dirceu começou falando dos 30 meses que ficou à frente da Casa Civil e do trabalho que pode ser realizado e os atos positivos que o governo Lula vem fazendo. O parlamentar diz que retorna com a missão de continuar defendendo o governo. Ele preferiu não tocar no assunto mais esperado que seria sua primeira defesa das acusações que foram feitas pelo deputado Roberto Jéferson (PTB/RJ), que chamou o ex-ministro de chefe do esquema de corrupção do mensalão.