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Operação Coruja - Secretário de Segurança e delegados esclarecem prisão de sindicalista

O secretário de Segurança Pública, André Luiz Diniz, o delegado-geral, Eduardo Henrique Batista e a delegada titular da Central de Inquérito, Cândida Alzira Bentes Magalhães, receberam a imprensa ontem, para falar sobre a prisão do sindicalista Carlos Alberto Vieira, o "Carlão", numa operação denominada de "Operação Coruja".


O secretário de Segurança Pública, André Luiz Diniz, o delegado-geral, Eduardo Henrique Batista e a delegada titular da Central de Inquérito, Cândida Alzira Bentes Magalhães, receberam a imprensa ontem, para falar sobre a prisão do sindicalista Carlos Alberto Vieira, o "Carlão", numa operação denominada de "Operação Coruja".

A prisão dele ocorreu após ter sido expedido mandado de prisão preventiva pelo juiz que respondia pela 4ª Vara Criminal, Breno Coutinho.

No momento em que os policiais civis foram cumprir o mandado de prisão contra Carlão, o sindicalista achou que estaria sendo seguido e foi registrar uma ocorrência no 4º DP, onde foi dada a voz de prisão, no início da noite de ontem. No momento da prisão, foram apreendidos em seu poder um carro tipo Cherokee e, ainda, a importância de R$ 10.300,00.

Investigação é antiga

De acordo com informações da delegada Cândida Alzira Magalhães tramita um inquérito na Central de Inquérito que possui 11 volumes e duas mil e 400 páginas, contra o sindicalista.

Desde setembro do ano de 2004, a delegada Cândida Magalhães preside este inquérito que apura várias irregularidades e tramita em segredo de Justiça. Entretanto, segundo a delegada, há a necessidade de se explicar o que originou a prisão de Carlão.

O sindicalista ao ser ouvido em depoimento na Central de Inquérito declarou que tem uma renda mensal de R$ 2.000,00. Entretanto foi quebrado o sigilo bancário de Carlão no ano de 2004 e apurado que numa de suas contas ele movimentou aproximadamente um milhão de reais. A delegada disse que foi constatado que apesar de ter declarado receber um soldo de R$ 2.000,00, Carlão ostentava um padrão de vida muito elevado e incompatível com sua renda.

"Para se ter uma idéia quando quebramos o sigilo bancário dele constatamos uma movimentação em torno de um milhão de reais. A casa dele, uma casa ampla, com piscina está avaliada em R$ 200 mil. E, ele possui ainda um seguro de R$ 300 mil", disse a delegada.

Prisão foi para manter ordem pública

A delegada explicou que a prisão foi representada junto à 4ª Vara Criminal para se manter a ordem pública. Tendo explicado que como presidente do Sinter, o sindicalista recebeu procuração dos professores, tendo sido vedada que essa procuração fosse passada a terceiros. Porém, ele negociava, segundo a delegada, estes precatórios com empresas de todo o País.

Essas empresas compravam os precatórios com deságios para fazer a compensação. Mas como há a necessidade dessas empresas serem habilitadas pela Justiça do Trabalho, com decisão judicial, essas certidões eram repassadas pelo sindicalista às empresas, com as respectivas decisões judiciais.

"Foi constatado pela Justiça do Trabalho que essas certidões e decisões estavam falsificadas. Motivo pelo qual este crime vai ser apurado pela Polícia Federal, por se tratar de crime federal", explica a delegada.

O sindicalista foi indiciado pelos crimes de estelionato, apropriação indébita, falsidade ideológica e formação de quadrilha. Ele foi encaminhado ainda na noite de ontem para a Cadeia Pública de Boa Vista, onde ficará à disposição da Justiça e as investigações continuarão tramitando.

Elogios -O secretário de Segurança Pública elogiou a ação policial, tendo ressaltado que a equipe da Polícia Civil trabalhou silenciosamente, com cautela e profissionalismo.

 

 

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