- 12 de novembro de 2024
Por Marlen Lima
O radialista Márcio Junqueira, que hoje está no comando do sistema de comunicação TV e Rádio Imperial, afirma que se sente preparado para o embate político, quando nas eleições do ano que vem poderá sair candidato até a Presidência da República. "Mas, o que pretendo mesmo é sair candidato a deputado federal, apesar de que isso também não é meu único objetivo de vida".
Márcio Junqueira afirma que após 19 anos em Roraima se sente qualificado em representar o Estado, "junto a Câmara, já que atuo na política local desde 1990. E o que queremos é poder fazer um trabalho mais representativo que possa servir melhor ao povo roraimense, com propostas concretas de emprego, o que falta é geração de trabalho. O povo quer trabalho", afirma ele, que está com 37 anos de idade, é natural de Brasília, e Márcio conta que foi para Roraima, em 1986, "assim como milhares de pessoas que procuravam melhorar de vida e fui buscar isso, através do garimpo".
Márcio Junqueira diz que tem uma grande responsabilidade e identificação com o eleitorado que ficou do falecido deputado Moisés Lipnik (que morreu no dia 18 de junho de 203), "que foi deixado por Lipnik, e ele foi um político mal entendido, perseguido, e ele não foi reconhecido pelo grande coração que teve, e mais que isso me sinto na obrigação de zelar por esse eleitorado que vê em nós uma chance de melhorar de vida, se vê representado".
DISCURSO QUE O POVO GOSTA - Márcio Junqueira afirma que tem tido embates fervorosos com Funai, Incra, "e o que quero oferecer à população é uma política mais transparente, limpa, verdadeira, e exigir com isso que o Basa, por exemplo, possa investir mais no Estado. Queremos fazer um trabalho político à altura que o povo merece, e não temos isso hoje, o que existe é muito papo-furado".
Junqueira afirma que se for candidato só interessa a Câmara dos Deputados, pois respeita os acordos que são feitos, "sou leal, e fiel ao que é fechado, e não posso sair candidato a estadual porque tenho o compromisso de ajudar outros candidatos". Ma o diretor da TV Imperial e Rádio Equatorial FM, afirma que dependendo de como ficará o quadro político, "posso até ser candidato ao Senado, por que não?", indaga ele, que vai mais longe, "pois até candidato a presidente da República posso ser. Tudo depende de como estaremos, de como ficará a questão dos partidos, já que entendo que o eleitor vota na pessoa e não no partido".
Em 1996, Márcio Junqueira teve uma prova de sua popularidade quando obteve pouco mais de 800 votos para Câmara dos Vereadores de Boa Vista, "e como sou um cidadão que não devo nada, tenho o meu trabalho e como tenho estado em contato direto com o povo, a gente acaba decodificando o que esse povo quer, quais são os seus anseios. Portanto tentei, mas não fui eleito". Ele ainda ressalta que talvez não ter participado mais da vida cotidiana no Estado, é que Lipnik foi mal compreendido, e ele errou quando ficava pouco tempo em Roraima".
FONTEBRASIL FALANTE - Para quem já foi estivador, auxiliar de limpeza, "agora vivo bem, fruto de muito trabalho, e acho que vivemos na imprensa um novo momento, e temos alcançado êxito, popularidade e afinidade com o povo porque eu falo o que o povo quer ouvir, e o que os políticos não falam. Me sinto como se fosse um Fontebrasil falado, já que estou na televisão e no rádio sempre denunciando. Pois, assim como o Fontebrasil que escreve o que o leitor que ler, o que o povo quer saber, eu falo essa língua do povo".
Ainda que tenha afirmado que deseja postular uma cadeira na Câmara, Márcio diz que não tem na política sua vida, "pois vivo bem com o meu trabalho, e não tenho essa loucura, essa necessidade de ter que ser político, já que para sê-lo não vou me vender, trair pessoas e nem fazer conchavos impuros. Pois se for assim, eu estou fora. Prefiro ficar aqui onde estou denunciando, assim como o Fontebrasil faz".
Segundo ele, o quadro político, como a reforma política é que definirá se Márcio será ou não candidato. O empresário destaca que não tem dinheiro para competir com políticos grandes como Luciano Castro (PL) e Chico Rodrigues (PFL), que têm trabalho reconhecido.
Junqueira diz ter plena consciência do seu papel e que não se sente melindrado e nem embevecido pelo poder, "nem mesmo atuando na imprensa e tendo toda essa exposição, e muito menos se vier a ser político não me iludo com o poder".
Para as eleições de 2006, caso se confirme sua candidatura, Márcio Junqueira afirma que estará pronto para o embate e que tem cartas na mangas também para mostrar que tipo de politicagem é hoje praticado no Estado e que quer colocar um fim nesse tipo de política, "pois minha bandeira será o emprego e tenho como mostrar como fazer isso basta querer e saber trabalhar. Só sei que estou pronto para r para guerra".