- 12 de novembro de 2024
Edersen Lima, Editor
Brasília - A deputada Marília Pinto tem preparo para ser líder de qualquer governo. Menos do pai, Ottomar Pinto. Esse por sua vez, já deveria ter se tocado que colocar a filha nessa posição, estariam, juntos, misturando questões administrativas, posições políticas e sentimentais. Daria nisso que está dando: Destempero no plenário da Assembléia Legislativa e "relatos" em entrevista de rádio de como a honra alheia pode ser lavada.
Por outro lado, há pura pirotecnia do deputado Édio Vieira em primeiro, se sentir ameaçado e pedir segurança. Édio não é chegado a esses temores. Segundo, procurar o ministro da Justiça seria só fazer com que o contribuinte roraimense gastasse mais dinheiro em passagens aéreas e diárias pois se por ventura fosse recebido, a sua história entraria por um ouvido e sairia pelo outro de Márcio Tomás Bastos, que já demonstrou não ter nenhuma simpatia com Roraima, com seus políticos e com a sua gente.
Cabe aqui destacar que, pela boca é que o peixe morre. As declarações de Ottomar Pinto na rádio "lembrando" o que aconteceu com um tio seu que não respeitou a honra alheia foram de uma de uma falta de necessidade tamanha que não cabe aqui nem especular. É o velho e calejado Ottomar, o militar dos anos de chumbo tomando voz. Em 1992, uma entrevista sua pôs tudo a perder.
De certo, apenas está o que Édio argumentou: Os tempos são outros.
Queira ou não, Ottomar, se quer vingar o seu único projeto de governo que é a sua reeleição, precisa, sim, de Luciano Castro, de Mecias de Jesus, de Chico Rodrigues, de Mozarildo Cavalcanti, de unir o seu grupo que em parte está descontente. Ou, buscar composição com Romero e Teresa Jucá. Sem esses nomes o governador não se reelege.
TPMs, "avisos" e pirotecnias à parte, o povo continua sem emprego, a fiscalização da administração pública continua pífia e Roraima ainda não vive um projeto administrativo condizente com o que esperou por quase dois anos. Com isso, desse balaio de gatos, não será nenhuma surpresa se Ottomar, Édio e Marília ficarem de fora do governo e da ALE em 2007. Será bem feito pra eles. Pelo menos assim, ninguém vai ser obrigado a aturar esse tipo de política que ainda se faz em Roraima.