- 12 de novembro de 2024
Por Marlen Lima
O governador Ottomar Pinto (PTB) está com sorte. Em sete meses de governo, o petebista não tem oposição que perturbe sua administração. Dentre as vozes destoantes dos aliados do governo, destacam-se somente dois deputados, Édio Lopes (PMDB) e Titonho Beserra (PT).
Porém, o sentimento que começa a tomar corpo dentro da Assembléia Legislativa é o de descontentamento com a falta de uma política administrativa mais realizadora. E quem afirma isso são justamente Édio Lopes e Titonho Beserra.
Édio Lopes, que já foi presidente da Assembléia Legislativa, afirma que é oposição ao governo, procurando manter um limite ético em sua atuação, "mas esse limite depende também da posição do outro lado".
Segundo Édio Lopes tem que haver responsabilidade, "tanto por parte, de quem faz oposição como do governo também. Sou oposição à instituição governo, e é preciso que se saiba diferenciar isto do lado pessoal".
Édio Lopes preferiu não citar nomes em relação de quantos deputados praticam a verborragia oposicionista ao governo, "só sei que eu sou oposição e o deputado Titonho também tem se mostrado claramente oposição". O parlamentar revela ainda que "ainda" não se tem um grupo que pode ser chamado de oposição, já que suas atuações são isoladas, ao contrário do passado quando na Assembléia existia claramente dois grupos, sendo um situação e outro oposição.
Sobre o governo Ottomar, Édio Lopes afirma que após sete meses de governo, "o governador Ottomar ainda não aconteceu, não mostrou nenhum projeto". Nesse mesmo sentido existem outros parlamentares que concordam que o governo está sem rumo como Naldo da Loteria (PL), Elizeu Alves (PL), Gute Brasil (PL), Airton Cascavel (PPS) e Raul lima (PSDB), "eles têm mostrado discursos nessa linha de oposição contra a política que vem sendo adotada pelo governo de Ottomar Pinto", confirmou Lopes.
CRESCIMENTO
O deputado diz que o que tem incomodado parte do parlamento são as ações assistencialistas do governo Ottomar, "que tem gerado fortes críticas por partes de vários deputados, que como eu não aceitam e são contra esse tipo de assistencialismo".
O parlamentar petista diz ainda que o assistencialismo, "deve existir na medida certa, e não como está sendo feito como programa macro de governo", afirma Beserra, que vai mais além quando diz que outros pontos negativos podem ser visto claramente na administração estadual, "como a troca-troca de secretários, e isso demonstra fragilidade, insegurança por pare do governo, que está ficando sem credibilidade".
- Titonho Beserra afirma que a onda oposicionista começa a querer surgir, "o que percebemos que está começando a se consolidar essa questão de oposição ao governo que está sem rumo, não mostrou para o que veio".