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Servidores da Saúde, Trabalho e Previdência entram em greve

Servidores dos ministérios da Saúde, Trabalho e Previdência Social entraram em greve por tempo indeterminado nesta quinta-feira. Os funcionários da Fundação Nacional do Índio (Funai) também cruzaram os braços - cerca de 95% dos servidores do órgão aderiram à paralisação.



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RIO - Servidores dos ministérios da Saúde, Trabalho e Previdência Social entraram em greve por tempo indeterminado nesta quinta-feira. Os funcionários da Fundação Nacional do Índio (Funai) também cruzaram os braços - cerca de 95% dos servidores do órgão aderiram à paralisação. Segundo o diretor da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), Carlos Alberto dos Santos, cerca de 60% dos funcionários do INSS em todo o país aderiram à greve. A expectativa é que a paralisação atinja cerca de 200 mil servidores em todo o país.

- Esperamos que a maior parte da categoria cruze os braços. A greve é por tempo indeterminado, então a expectativa é de que a adesão vá aumentando - afirmou.

Os trabalhadores reivindicam uma nova tabela salarial a partir da incorporação da integralidade do Plano de Cargos e Salários, a incorporação de todas as gratificações e a complementação do salário mínimo. Eles também querem que o piso salarial seja o valor do salário mínimo calculado pelo Departamento Intersindical de Economia e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), ou seja, em torno de R$ 1.500,00, e que a diferença de remuneração entre as carreiras seja de 5%.

Representantes dos servidores participam nesta quinta-feira de audiência no Ministério do Planejamento, em Brasília.

- Nosso interesse é negociar o mais rápido possível para que a gente possa suspender o movimento - disse a diretora da Confederação Nacional dos trabalhadores em Seguridade Social, Miraci Mendes.

Segundo a direção do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Previdência Social (Sindisprev), cerca de 70% dos postos do INSS no estado do Rio estão fechados. Entre os locais com postos fechados estão Jacarepaguá, Copacabana, Botafogo, Tijuca, Méier, Centro, Zona Oeste, Duque de Caxias, São João de Meriti, Magé e Região Serrana. O maior posto do INSS, em Irajá, está funcionando.

Na capital paulista, são 27 agências do INSS. Na maior delas, a de Santo Amaro, que também é a maior do Brasil, houve fila no início da manhã, apesar da greve ter sido anunciada. Mas estão sendo atendidos apenas os casos de perícia médica que já estavam agendados.

Em Minas Gerais, 780 funcionários do INSS estão em greve, segundo informou o comando de paralisação. De acordo com o levantamento dos grevistas, das nove agências de Belo Horizonte, cinco estão fechadas. São 102.287 servidores do INSS no estado. As filas aumentaram e a população tem dificuldade de receber benefícios, apesar da garantia do INSS de que as pensões serão pagas.

Em Pernambuco, 4 mil funcionários do INSS, entre ativos e inativos, aderiram à greve. No estado, são 46 agências, sendo oito delas em Recife. Quem procurar atendimento vai encontrar faixas e cartazes em frente às portas das agências, funcionários nas calçadas e serviços suspensos.

Segundo o sindicalista, na segunda-feira, o ministro Romero Jucá propôs o pagamento de gratificação de produtividade, o que excluiria os inativos. Os funcionários fizeram, então, uma contraproposta, que inclui o fim da complementação para quem ganha salário mínimo, uma gratificação emergencial de R$250 e um grupo de trabalho para discutir o PCCS da categoria.

Com as agências fechadas, a Previdência tomou medidas para diminuir os transtornos. Além dos postos, a rede de atendimento possui o PREVFone (0800 78 01 91), a página na internet ( www.previdencia.gov.br) e a central de cartas (caixa postal 09714 - CEP 70040-976 - Brasília (DF). Para enviar e-mail, basta acessar o site e preencher o formulário eletrônico da seção "Fale conosco".

No site o segurado dispõe de 30 serviços eletrônicos, como inscrição na Previdência, consulta a andamento de processos e requerimento dos benefícios.

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