- 12 de novembro de 2024
A VII Reunião do Grupo de Trabalho Brasil/Venezuela sobre o Desenvolvimento Fronteiriço, prevista para o dia 23 de maio e remarcada para o dia 6 de junho, em Santa Elena de Uairén, foi adiada novamente para 28 de junho. Este será o primeiro encontro na região de fronteira.
O Itamaraty comunicou o adiamento aos representantes de Roraima. A confirmação foi feita ontem pelo secretário de Planejamento, economista Haroldo Amoras, da executiva do Comitê Fronteiriço criado pelo Governo do Estado. "A solicitação de nova data partiu da Venezuela", resumiu.
Haroldo Amoras reafirmou que a expectativa do Estado é positiva e que está havendo mobilização da classe empresarial, justamente com o Palácio Hélio Campos. "Estamos fazendo articulação junto a várias instituições, como Vigilância Sanitária, Delegacia Receita e Polícia Federal", disse.
O objetivo é definir critérios que facilitem a vida dos cidadãos dos dois países, tanto os que cruzam a fronteira com fins turísticos quanto os que têm interesses comerciais, desde que estejam atuando dentro dos preceitos legais, ou seja, respeitando as legislações do Brasil e da Venezuela.
Na análise do deputado estadual Raul Lima (PSDB), presidente da Câmara Brasileira Venezuelana de Comércio, as reivindicações do Estado começam a fazer parte das negociações de integração entre os dois países. "Essa é uma batalha antiga e estamos começando a colher os frutos", frisou.
Convênio
Para o empresário Derval Furtado, presidente da Associação Comercial e Industrial de Roraima, o adiamento não gera prejuízos aos interesses do Estado. "O mais importante é que estamos integrando as ações de entidades públicas e classistas, compactando os interesses regionais", declarou.
Uma das metas é ampliar os efeitos da Portaria 12, editada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, limitando as negociações cambiais na fronteira do Brasil com a Venezuela, o que dificulta as exportações de ambos os lados. Existem acordos para modificá-la.
"Trabalhamos pela assinatura de convênio que altere o artigo 58 e permita que se faça o fechamento das exportações através do câmbio do Real com o Bolívar, sem ter que passar pelo Dólar. Isso é quase consenso entre a diplomacia brasileira e a venezuelana", destacou Derval Furtado.