- 12 de novembro de 2024
Por Marlen Lima
Roraima está literalmente correndo contra o tempo para não perder parte dos U$ 500 milhões de dólares para investimentos na área agrícola, oriundo do governo japonês, assinado em acordo pelo presidente Lula com o governo japonês.
Para tanto, aconteceu na tarde de hoje (01), no gabinete deputado e empresário Moacir Michelleto (PMDB/PR), uma reunião entre os deputados federais da bancada do Estado com o presidente da empresa Campo, Emiliano Botelho.
Emiliano Botelho esteve na comitiva do presidente Lula que esteve no Japão,na semana passada, e segundo o presidente da Campo foi assinado um acordo entre os governos brasileiro e japonês, no sentido de que sejam investidos na agricultura brasileira U$ 500 milhões de dólares, em projetos de infra-estrutura. Segundo ele, tudo corre de forma rápida e só falta a União fazer a sua parte na regularização das terras.
O deputado Moacir Michelleto, que trabalha com plantação de soja no Paraná, e tem terras em Roraima, assegura que o Estado, bem como a bancada federal de Roraima estão trabalhando de forma integrada para, "concretizar esse grande projeto, que só depende da regularização das terras sejam resolvidas, e da boa vontade do presidente da República".
Segundo o deputado Almir Sá (PL), Roraima não pode perder esses recursos, "que serão investidos em infra-estrutura, para produção, é a transformação do Estado em tecnologia". O parlamentar informa ainda que se o estado não pegar esse dinheiro, "quem leva é o Piauí. Para tanto, o governo do Estado, o governo federal tem que definir essa questão fundiária, porque o capital japonês não espera e tem outros estados brasileiros querendo esses recursos, e são milhões de reais que não podemos perder".
O deputado Chico Rodrigues (PFL)disse que essa reunião foi preliminar, "de uma outra reunião que acontecerá amanhã (02), na Comissão da Amazônia, quando estaremos reunidos mais uma vez com a diretoria da Campo, e a participação do governador Ottomar Pinto (PTB)".
Segundo Rodrigues, a Campo confirmou o interesse dos japoneses em investir na nossa agricultura. O parlamentar destaca que esses recursos virão do banco do Japão para o BNDS, "que vai repassar o dinheiro através de projetos de desenvolvimento. E temos que agilizar a solução das terras, pois além de outros estados brasileiros que estão na dianteira nesse processo agrícola, tem ainda o estado de Manágua, na Venezuela que tem uma região semelhante a nossa e que já fizeram contato com o pessoal da empresa Campo".
A deputada Maria Helena Veronesse (PPS) revela que o tempo corre contra o Estado. "Os japoneses não vão ficar esperando eternamente". A parlamentar lembra que o Japão não fará nenhum investimento enquanto a questão das terras não forem solucionadas, "não virá nada sem a regularização das terras".
Contra Roraima tem a lentidão do governo federal que se recusa em ceder os três milhões e 700 mil hectares de terras que o Estado solicita em contraponto a perda pela homologação da reserva Raposa Serra do Sol, "quando a União só quer repassar 150 mil hectares, mas nada está acertado, pois o governo estadual insiste em obter pelo menos 700 mil hectares das terras".