OPINIÃO FORMADA

ESTRATÉGIA

Consultores políticos ligados ao ministro Romero Jucá estão em campo disseminando que Ottomar Pinto não pode pensar em compor alianças partidárias com "gafanhotos". Isso, na visão dos consultores, seria um tiro que o governador daria no próprio pé.

Mas, já tem gente maldosa dizendo que isso é só a desculpa que Romero Jucá terá daqui até a campanha eleitoral para divergir e se opor à candidatura de Ottomar.

Em se tratando de alianças com "gafanhotos", isso já ocorre na administração Ottomar. Sônia Nadrot e Aurelina Medeiros, que respondem processo de "gafanhotagem" estão muito bem instaladas no governo comandando departamentos de licitações e como adjunta da Secretaria de Agricultura.

No entanto, soa até engraçado como se, de cuecas, os assessores do ministro Romero Jucá, pregassem a moralidade e a ética, logo ele que está atolado em denúncias que vão de calote e fraude em banco público, a desvio de equipamentos de televisão e de dinheiro público para ações sociais.

O único empecilho da candidatura de Teresa Jucá ao governo no ano que vem será o julgamento do vice-prefeito Iradilson Sampaio, réu no crime de um ex-cabo eleitoral conhecido como Ceará.

O julgamento só aguarda decisão da juíza Lana Leitão, da Comarca de São Luís, que estaria certo de ocorrer em dezembro passado.

Profissionais que trabalham com pagamento de funcionários de empresas e de projetos sociais devem tomar cuidado redobrado. Nos últimos dois meses, um gerente de hotel, um genro empreiteiro do governador e ontem, o coordenador do Projeto Crescer (aquele que trata dos anjinhos da Prefeitura), tiveram o dinheiro para pagar salários e bolsas roubado logo após saírem do banco.

Há três anos, uma assessora de um deputado sofreu tentativa de assalto quando saia do banco com o dinheiro para o pagamento de outros assessores.

E se de repente o Ministério Público Federal resolvesse investigar como se constrói um aeroporto com a pista tento à sua beira uma pedreira?

Não tem para onde correr. O PP de Neudo Campos e o PL de Luciano Castro vão ser as noivas das eleições de 2006 em Roraima.

Longe do governo de Roraima por 15 anos, Ottomar Pinto vem se conscientizando que terá que abrir mão de indicar pessoalmente os companheiros de chapa para o Senado e para a vice-governadoria, caso queira compor ampla aliança para sua reeleição.

Os partidos fortes no estado estão sob comando de políticos com voto e com projetos eleitorais próprios que não vão se submeter à vontade exclusiva de Ottomar em querer ter esse ou aquele nome para o Senado e para vice.

PFL, PL, e o próprio PTB presidido pelo deputado Pastor Frankembergen não vão aceitar de brincar de "fazer o que o mestre mandar".

Só Chico Rodrigues se contenta numa boa em disputar novamente a Câmara dos Deputados, desde que Ottomar feche mais um contrato com a Alto Astral, dessa vez para produzir a campanha partidária.

PL e PTB têm em seus quadros tantos nomes para o Senado, como para vice.

Fora isso, ainda há o PP que, se fechar aliança, terá lista de reivindicações.

O clima de campanha já invade o interior do estado. Tem político fazendo propaganda aberta sem medo de ser feliz e despreocupado com a Justiça Eleitoral.

Falando em Justiça Eleitoral, depois que os enviados dos grandes jornais foram embora, mais nada se falou sobre o rolo da Casa Amarela, e tudo voltou como antes na tranqüilidade do quartel de Abrantes?

O senador Valdir Raupp (PMDB-RO) está cada vez mais irritado com o governo. Dia desses, foi à Casa Civil reivindicar a indicação do roraimense Winter Coelho para diretoria de engenharia da Eletronorte e ouviu a seguinte explicação para que a direção de engenharia ficasse com o PT: "Historicamente, o cargo pertence ao partido". Raupp não sabia que dois anos viraram perspectiva histórica.

Há um ano, Raupp aguarda sinal verde do governo para a indicação de Winter, que já foi diretor técnico da Eletronorte, no governo Itamar Franco.

O problema parece estar em quem se quer substituir: o irmão do ministro Antônio Palocci.

MACACO SIMÃO:

"E o grande babado da semana ainda é o casamento-relâmpago Ronalducho e Bocarelli. E uma leitora disse que os presentes teriam que ser devolvidos, mas os presentes não poderão ser devolvidos porque diz que a Bocarelli quebrou a casa toda. Só sobrou o faqueiro! E corre na internet uma charge hilária chamada Agência de Empregos: o Ronalducho vendo um book de modelos, e a Bocarelli lendo o caderno de esportes! Rarará!".