OPINIÃO FORMADA

PERIGO NA PISTA

Inaugurado há quatro anos, o aeroporto de São Luís do Anauá não tem autorização do Departamento de Aviação Civil para funcionamento de vôos comerciais. A pista, construída por uma empresa do irmão do deputado Chico Rodrigues, em uma área desapropriada que pertencia também a Chico Rodrigues, e com dinheiro de emenda parlamentar de Chico Rodrigues, apresenta perigo para pouso e decolagens. Só teco-tecos particulares se aventuram por lá.

O Fontebrasil veicula hoje matéria sobre o elefante branco em que o aeroporto se transformou.

COINCIDÊNCIAS

E por falar em Chico Rodrigues, é claro que tudo pode ser mera coincidência. O caso das mudas de café superfaturadas em São Luís do Anauá adquiridas através de emenda de Chico Rodrigues e fornecidas pela empresa pertencente ao seu irmão, é visto com suspeitas pelo Ministério Público Federal.

A empresa, Art-Tec Tecnologia e Construções Ltda atua no ramo da construção civil e venceu licitação para entrega de mudas de café e implantação do projeto de plantio.

Hoje, quatro anos depois do negócio, nem chá com folhas secas de café se faz na região onde seria um pólo da cafeicultura

COINCIDÊNCIAS 2

Há desconfiança de que o verdadeiro dono da empresa que fatura quase tudo o que Chico Rodrigues libera de emendas próprias, seja o próprio Chico Rodrigues. Coincidências à parte, o dono da Art-Tec Tecnologia e Construções Ltda. Emmanuel Silva reside no mesmo endereço da sua empresa, construída dentro do terreno de sua casa modesta no bairro Aparecida, apesar de ter ganho em obras e serviços nos últimos 10 anos, mais de R$ 8 milhões.

COINCIDÊNCIAS 3

O irmão deputado, por sua vez, que não é dono de empresa nenhuma, dispõe de carros importados e três mansões, uma em Brasília (avaliada em R$ 700 mil, na QI 25, conjunto 10 do Lago Sul) e duas em Boa Vista, uma à beira do rio Branco, no bairro São Pedro e outra no River Park.

GIRATÓRIA

Em entrevista à rádio Folha, do seu ex-sócio no Frangonorte, Getúlio Cruz, o ministro Romero Jucá disparou sua metralhadora giratória contra o governador Ottomar Pinto: "Tivemos (Roraima)15 anos de atraso e isso será definido em 2006". Contra seus colegas da bancada federal: "Tem parlamentares com muitos anos de mandato que nunca fizeram nada". E a classe à política: Temos ainda um quadro a se construir e de uma coisa tenho certeza: o povo de Roraima não vai desperdiçar mais tempo".

NÃO CONVENCE

Para Romero Jucá as denúncias e contradições do calote do Basa aplicado pela empresa Frangonorte na época em que ele era o dono, se tratam de denúncias requentadas e que ele entregou as provas de sua inocência ao presidente Lula. Ocorre que nada disso convenceu o procurador-geral Cláudio Fonteles.

PRESENTÃO

O deputado Flávio Chaves, que também tem pendências financeiras com o Basa, ganhou um presentão da Justiça Estadual. Teve o andamento do processo de sua dívida suspenso por um ano.

FESTA DO APÊ

Outro deputado estadual é acusado de comandar sessão da tarde de luxúria e sodomia num motel de Boa Vista. Nada contra as fantasias do deputado. O problema é que na festa do apê havia menores de idade, uma de 15 anos. O processo corre em sigilo na Justiça Estadual, mas se fosse o mecânico, o marceneiro, ou padeiro da esquina, sua identidade já estaria estampada nos jornais.

FESTA DO APÊ 2

O mesmo deputado da festa do apê aparece no inquérito sobre o roubo do cofre da Câmara de Vereadores de Boa Vista, que vai para o seu terceiro ano de mistério.

PRIMEIROS SOCORROS

A Comissão de Seguridade da Câmara Federal aprovou relatório da deputada Suely Campos, criando dentro do curso de formação de policiais militares a disciplina de atendimento de primeiros socorros a vítimas de violência.

E-MAIL ABERTO

"Prezados Jornalistas,
Fico indignado quando vejo um órgão ou qualquer veículo de comunicação defender errôneamente uma farsa, principalmente aquela patrocinada pelo poder público. Já que os Professores, verdadeiros heróis mal remunerados e vilipendiados, não têm um sindicato decente que os defenda, eu o farei. Se hoje tenho formação acadêmica agradeço a esses abnegados Mestres, que ganhando muito pouco para a grande obra que realizam, formam os médicos, jornalistas, etc. Aí vem o governo dizer e vocês confirmam a tese, de que em Roraima o Professor tem o segundo maior salário do país, e esquecem, ou escamoteiam, de que aqui também, temos o maior custo de vida do Brasil. Tudo aqui é difícil e caro. Só vou citar um exemplo bem simples: Em São Paulo você come um x-salada com um suco por R$ 1,00, aqui não sai por menos de R$ 7,00. O litro do álcool "lá no Brasil" custa em média R$ 1,10, aqui custa R$ 2,05. Então, chegaram a alguma conclusão? Ora senhores vir dizer que Professor ganha bem em Roraima
é gozação. Diria Bóris Casoy:" Isso é uma vergonha". Um abraço. Jorge Pinto"

CDL

Mais uma representação da classe comercial acaba de ser implantada em Boa Vista. Na noite da última sexta-feira, a primeira diretoria da Câmara de Dirigentes Lojistas tomou posse no salão do Aypana Hotel, no centro da cidade.

CRISE

Mais uma turma do curso de Gerenciamento de Crises concluiu sua capacitação, através de convênio entre a Secretaria Nacional de Segurança Pública e o Governo do Estado, através da Fundação de Educação Superior de Roraima - FESUR.

O curso de Gerenciamento de Crises faz parte de uma série de onze que serão oferecidos à profissionais da segurança pública e defesa social do Estado. Durante o enceramento do curso serão entregues certificados aos 39 participantes que cumpriram as oitenta horas-aula, aplicadas em duas semanas de aulas em horário integral.

VIAJANDÃO

Além da queixa da falta de um programa de governo, aliados de Ottomar Pinto já reclamam de suas viagens rotineiras para fora do estado. Há mais de uma semana que o governador pára em Roraima.

AGIOTA

De um político sem mandato: "A situação aqui (Roraima) está tão preta que até agiota está pedindo dinheiro emprestado". Pode?

VELHACOS

O governador Ivo Cassol reverteu de uma só tacada ou gravada a intenção de alguns deputados oposicionistas em cobrar propina para não votarem o seu impeachment. Daqui pra frente, deputado que gosta de trocar um apoio deve ficar velhaco e pensar duas, três e quatro vezes.