O Gregório Fortunato de Ottomar

EDERSEN LIMA, EDITOR

Brasília - Como anunciado por este Fontebarsil, o ex-capataz da fazenda do governador Ottomar Pinto, Antônio Brito, emplacou ontem de tarde o seu sobrinho, Rommel Brito, como novo diretor do Departamento de Administração, Planejamento e Finanças-Deplaf da Secretaria de Educação, setor que decide sobre as licitações, pregões e demais compras da pasta mais rica do governo do estado.

A missão de Brito, segundo se comenta nos bastidores, é de extrema importância para o projeto de reeleição de Ottomar. Homem de sua confiança, Brito não está apenas mapeando mas nomeando para pontos chaves, apadrinhados seus e do brigadeiro para fazerem coro sintonizado na campanha do ano que vem.

Brito tem sido figura carimbada nas últimas eleições, disputando numa para a Assembléia Legislativa, noutra para a Câmara dos Vereadores. Com força e prestígio junto a diretores de pontos chaves de qualquer governo, a eleição de 2006 promete ser a sua redenção, com aval explícito de Ottomar Pinto.

Tirando a truculência, Antônio Brito, hoje, está para a confiança de Ottomar o que Gregório Fortunato, chefe da guarda pessoal de Getúlio Vargas, estava para o presidente suicida. Só espare-se que as aparências fiquem apenas no campo das aparências, sem existência de qualquer "mar de lama" nessa história atual.