- 12 de novembro de 2024
Edersen lima, Editor
"MUITO TRISTE"
O governo Ottomar Pinto anuncia nos bastidores que pode extinguir a Codesaima, tantos são os rolos que a empresa praticou ao longo de sua existência. Agora, surge mais um compressor de bandalheira: a empresa comprou toneladas de calcário, de uma empresa de Itacoatiara(Amazonas), a estatal vendeu a matéria prima para produtores rurais e agora diz não ter dinheiro para pagar a conta com os amazonenses. Soa como um grande calote.
"Um governo que foi inspirado pela ansiedade do povo roraimense, visto como pronto para praticar ações de honestidade e lisura com o dinheiro público, está prestes a ir para o buraco profundo da corrupção que se institucionalizou em Roraima. É muito triste tudo isso!", disse ontem, um recém ex-secretário de Ottomar.
ADÁGIO
Pelo visto. Foi essa bandalheira que levou o secretário de Agricultura que Ottomar Pinto trouxe de fora a pedir demissão do cargo durante uma solenidade sobre o setor primário. Tudo isso mostra a fome incontida de gente que chegou ao poder em Roraima.
Tomara que isso não resvale para impeachment ou cassação de mandato. A luta isolada nos tribunais superiores de Brasília não ensinaram o velho brigadeiro a ter parcimônia com a coisa pública. Parentes e aderentes só servem para dar trabalho, ensina um velho adágio popular.
INDENIZAÇÃO
O governo federal anuncia hoje a liberação de R$ 1 milhão para o pagamento de indenizações a 28 famílias de não-índios que viviam na reserva Raposa Serra dos Sol, em Roraima. Os recursos estão previstos no conjunto de medidas complementares ao processo de homologação da reserva em terras contínuas. O comitê gestor das medidas complementares deve anunciar também em Boa Vista a criação, pelo Banco da Amazônia, de uma linha de crédito especial para financiar projetos de agropecuária dos índios por meio do Programa de Agricultura Familiar, o Pronaf.
IMPOSIÇÃO E ALÍVIO
O repórter que quiser acabar com o humor da prefeita Teresa Jucá, é só aproveitar uma dessas poucas aparições dela em público, para perguntar sobre a ação de improbidade administrativa impetrada contra ela pelo Ministério Público.
Na solenidade de posse dos concursados da PMBV, Teresa foi logo impondo a um colega de TV que caminhava na sua direção: "Você vai falar sobre a posse dos servidores, não é?"
"Vou, mas se a senhora quiser falar sobre outras coisas (ação do MPE), a gente grava", respondeu o jornalista, vendo o alívio da prefeita.
MAIS DE 15 ANOS
Não falta nada para a Justiça, no caso, a Comarca de São Luís do Anauá, marcar o julgamento do vice prefeito de Boa Vista, Iradilson Sampaio, acusado de ser o mandante do assassinato de um ex-cabo eleitoral seu, conhecido como "Ceará".
O crime aconteceu há 15 anos, daí, não se saber o que ainda o emperra, pois tanto a viúva e os filhos de Ceará, como também o próprio Iradilson, que jura inocência, querem ver o caso logo resolvido, não é?
JOSÉ REINALDO
Mas, se por ventura, ocorrer o julgamento de Iradilson e o resultado não lhe for favorável, das duas, uma: ou Teresa Jucá não sai mais da Prefeitura para tentar o Senado, ou ela sai, e quem assume é o presidente da Câmara de Vereadores, José Reinaldo.
ATENCIOSO
Por falar em José Reinaldo, embora discreto, o seu trabalho vem recebendo elogios de servidores da Câmara dos Vereadores, principalmente, pela atenção aos inúmeros populares que fazem romaria nos gabinetes do parlamento mirin.
GENRO MARRENTO
Cheio de marra, o empreiteiro Kléber Filgueiras, genro de Ottomar Pinto, anda por aí indignado com o Fontebrasil, que noticiou que a sua empresa, sem licitação, está realizando obras de reforma na Maternidade Pública.
Na realidade, a reforma que Kléber abocanhou ocorre no Banco de Leite. A obra de módicos R$ 2,2 milhões é de convênio federal, e teve três vezes suspensos os editais para licitação até que o último, assinado pelo ex-secretário de Saúde, Lúcio Távora, dispensou concorrência.
Kléber é marido da deputada Marília Pinto, que ficava roxa de indignação toda vez que sabia que o empresário Audemar Carvalho de Souza faturava um certamezinho no governo do irmão, Flamarion Portela.
OUTRO GENRO MARRENTO
Ainda sobre o serviço prestado pelo genro empreiteiro de Ottomar, um outro, médico, diretor do HGR e marrento, Fábian Munhoz, foi curto e grosso com pacientes e consultados que reclamavam da poeira da obra no prédio ao lado: "Se não estão satisfeitos, que procurem um hospital particular"
MISTER M
Ainda sobre Kléber Filgueiras, recentemente, no dia de efetuar o pagamento semanal de seus operários, ele teve o dinheiro roubado. Chama o Mister M para desvendar o crime.
FUÇANDO
Tem gente querendo saber que trabalho Mariana e Rodriguinho Jucá realizavam no gabinete do pai, Romero, para serem tão bem remunerados.
REINCIDÊNCIAS
O Fontebrasil recebeu cópias de relatórios de auditorias internas no finado Banco de Roraima. Essa coisa de ceder empréstimos sem observar as garantias foi comum nas mãos de ilustre figura que passou pela diretoria do banco.
E-MAIL BERTO
"Se o Ministério Público quiser mesmo aprofundar as investigações sobre as benesses financeiras que a empresa Art-Tec-Tenologia em Terraplenagem, Comércio Ltda, de propriedade do irmão do deputado Chico Rodrigues, é só dar uma olhada na contabilidade do extinto DER. Lá a empresa faturou horrendamente. Que o diga o Carlos Levisch". Francisco Anacleto.
E-MAIL ABERTO 2
"Não é só o deputado Chico Rodrigues que apresenta emendas para que empresas suas faturem em cima. A deputada Maria HelenaVeronezze parece que aprendeu rápido a lição. É de uma emenda sua de R$ 4 milhões, a da reforma do terminal de ônibus no Centro de Boa Vista, que a empresa do seu marido Ariosto está faturando. Assim é fácil fazer política e ficar bem na foto sempre". Silvino Mota.
MACACO SIMÃO:
"E um amigo foi pra Santa Elena de Uiarén, na Venezuela, e viu uma marca de leite chamada MiVaca! Mais direto impossível! E essa MiVaca venezuelana apoia o Chávez ou é a favor do Bush? Rarará. Viva o antitucanês. Viva o Brasil!
E atenção! Cartilha do Lula. Mais um verbete pro óbvio lulante. "Gandhi": companheiro muito alto. Rarará".
CLÁUDIO HUMBERTO:
CPI no forno - Aprovada há cinco anos na Câmara, a CPI do Ministério Público vai deixar a gaveta. A pressão é de deputados federais que se queixam de implacável perseguição de procuradores da República. E não são poucos.
ESTRÉIA DE AROLDO
O escritor Aroldo Pinheiro, articulista deste Fontebrasil, estreiou nesta semana no DIARINHO - jornal de Florianópolis, SC, com o artigo "OBRIGADO, SENHOR PRESIDENTE. A colega Carla Cavalheiro foi quem indicou o texto de Aroldo, que passará a enviar seus "causos" para o jornal catarinense.