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A GRANDE FAMÍLIA - Nepotismo é ato comum entre autoridades e políticos em Roraima

Com escândalo do TRE em fevereiro passado, ficou-se sabendo que a primeira-dama do Judiciário Estadual, Larissa Campello, trabalhava e ganhava módicos R$ 3,5 mil mensais. Difícil foi encontrar um parecer dela como servidora da Consultoria Jurídica da ALE, que é o órgão fiscalizador do Poder Público.


Edersen Lima, Editor

Brasília - Piadinha que rola nos corredores do Congresso da conta de que saiu a gripe "Severino", quando pega um, leva toda a família. O humor do brasileiro é isso aí. Atual e irreverente mesmo quando o assunto indigna muita gente, como é o caso do nepotismo. O nepotismo nosso de cada governo e de cada gabinete de políticos e magistrados.

Se o nepotismo está em alta por causa do presidente da Câmara dos Deputados, que emprega mais de 10 familiares, o governo de Roraima não se faz de rogado. Tão logo tomou posse há seis meses, Ottomar Pinto emplacou a lista de parentes, aderentes e agregados. Treze identificados. Coisa para deixar Severino orgulhoso.

Na Assembléia Legislativa há o nepotismo claro - todos deputados empregam parentes - e o cruzado, onde um deputado emprega a mulher ou o filho no gabinete ou estrutura de outro poder, como o Tribunal de Justiça por exemplo, e vice versa.

Com escândalo do TRE em fevereiro passado, ficou-se sabendo que a primeira-dama do Judiciário Estadual, Larissa Campello, trabalhava e ganhava módicos R$ 3,5 mil mensais. Difícil foi encontrar um parecer dela como servidora da Consultoria Jurídica da ALE, que é o órgão fiscalizador do Poder Público.

Por outro lado, a esposa professora de educação física de um calejado parlamentar bate ponto no TJ-RR.

No Judiciário, esposa de juiz está empregada em gabinete de Prefeitura de Boa Vista. Cmo fica o marido em caso de julgar uma ação onde o emprego da mulher é o réu?

No Ministério Público, também esposa de magistrado bate ponto em gabinete do procurador-chefe, que adora discursos de posse.

CANDIDATOS - Na Câmara de Vereadores de Boa Vista, nepotismo é regra há muito tempo.

Na Prefeitura de Boa Vista, Teresa Jucá emprega a filha Luciana Surita, o genro e o enteado, Rodriguinho Jucá. Luciana e Rodriguinho serão candidatos a deputado estadual e federal, respectivamente.

Mas é no governo do estado que o favorecimento de parentes com empregos públicos fica mais exposto. Isso porque, Ottomar passou dois anos correndo atrás desse mandato promovendo mil e uma acusações contra Flamarion Portela, a principal, de ajudar o irmão empresário com generosas e repetidas vitórias em certames licitatórios, do pão ao cimento.

Treze parentes diretos, aderentes e agregados de Ottomar compõem a sua grande família governamental. Veja lista abaixo:

Marluce Pinto - Mulher de Ottomar (Setrabes)

Evandro Moreira - Cunhado de Ottomar (Pres. Caer)

Licinha Pinto- Afilhada de Ottomar (Assessora Especial da CPL)

Otilia Pinto (Filha Diretora da Codesaima)

Marisa Pinto - Filha de Ottomar (Adjunta da Saúde)

Fabian Herrera Munhoz - Genro de Ottomar (Diretor do HGR)

Cleber Filgueiras - Genro de Ottomar (empreiteiro muito prestigiado)

João Guerreiro Júnior - Genro de Evandro, cunhado de Ottomar (Pres. da Codesaima)

José de Anchieta Júnior - Sobrinho de Marluce (Sec. de Infraestrura, responsável pelas obras do Estado)

Antonio Brito Sobrinho - Já foi casado com uma sobrinha de Marluce, portanto é considerado da família (Preside a CPL do Estado)

João Félix Neto - Sobrinho de Ottomar (É Procurador Adjunto do Estado)

Major Ecildo Pinto - Irmão de Ottomar (Diretor de Pessoal do Detran-Roraima)

Gafanhotos no Governo

Aurelina Medeiros (Adjunta da Agricultura)

Sõnia Pereira Natrott (Pres. da CPL da Infraestrutura)

Rita de Cássia Pereira de Moraes (Chefe de Gabinete da Secretaria de Relações Institucionais)

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