- 12 de novembro de 2024
Por Marlen Lima
O Fontebrasil entrou em contato com a Prefeitura de Boa Vista, através da assessora de Comunicação, Ana Campos que informou que o assunto sobre a ação movida pelo
Ministério Público sobre fraude na coleta de lixo não entrou em pauta.
Ana Campos disse desconhecer o teor da reportagem do Fontebrasil. A
jornalista disse que "não tenho costume de abrir o site para saber
das notícias que são publicadas", e por isso não saberia dizer nada sobre a
ação do Ministério Público.
A assessora de comunicação revelou ainda que até onde ela sabe, nenhum ofício chegou na prefeitura, e que por isso a prefeita Teresa Jucá não teria o que declarar até aquele momento, e que só após chegar alguma comunicação da Justiça é que poderia saber o teor do assunto, para, então, uma possível declaração oficial da prefeitura de Boa Vista.
Ao ser indagada se alguma comunicação já teria chegado no departamento
jurídico da prefeitura de Boa Vista, Ana Campos frisou que na gestão Teresa
Jucá existe ação conjunta entres os departamentos e secretarias municipais,
e que se algo chegasse no jurídico (ainda mais tendo como teor uma ação
contra a prefeita Teresa Jucá) à assessora de comunicação, imediatamente,
tomaria conhecimento. "O que não aconteceu", disse.
O Fontebrasil ficou de fazer um novo contato, mais no final do dia de ontem(29)
para saber se Ana Campos se informou sobre o caso da ação do
Ministério Público, que pede a improbidade administrativa de Teresa Jucá, e
processa mais duas pessoas envolvidas na fraude na coleta de lixo de Boa
Vista, assim como acusa o promotor Luiz Araújo.
O CASO - O Promotor de Defesa do Patrimônio Público, Luiz Antônio
Araújo, protocolou uma ação no cartório da 2ª Vara Cível em Boa Vista,
contra a prefeita Teresa Jucá (PPS), por improbidade administrativa. Em
abril de 2001, a prefeitura de Boa Vista teria contratado através de
licitação três empresas para realizar o trabalho de limpeza e coleta de
galhadas nas ruas de Boa Vista. Uma das empresas, Paulo Lucena ME, foi
escolhida para prestar o serviço em dezoito bairros da capital roraimense.
Na ação, Ministério Público Estadual aponta que no período de abril de 2001
a setembro de 2004, a empresa Paulo Lucena ME recebeu nada menos do que a
quantia de R$ 4.957.000,00 (quatro milhões e novecentos e cinqüenta e sete
mil reais). Consta que o dinheiro foi pago, mas o serviço nunca foi feito.
A ação foi entregue na 2ª Vara Cível ao Juiz Rommel Conrado. O Ministério
Público pede na ação a indisponibilidade dos bens da prefeita Teresa Jucá,
do dono da empresa Paulo Lucena ME e do Superintendente de Gestão Ambiental,
Alberto Leitão.