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PF prepara ação para resgatar quatro policiais presos pelos índios

A Polícia Federal está preparando uma operação para resgatar os quatro policiais que, desde sexta-feira da semana passada, estão sendo mantidos reféns na aldeia Flechal, na reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima. A polícia planeja entrar em ação até segunda-feira. A operação é considerada de alto risco, mas a PF teme que os líderes do seqüestro percam o controle sobre o protesto e índios rebeldes matem os policiais a qualquer momento, se permanecer o impasse nas negociações. A PF terá o apoio de mil homens do Exército especializados em guerra na selva.




Jailton de Carvalho - O Globo

BRASÍLIA - A Polícia Federal está preparando uma operação para resgatar os quatro policiais que, desde sexta-feira da semana passada, estão sendo mantidos reféns na aldeia Flechal, na reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima. A polícia planeja entrar em ação até segunda-feira. A operação é considerada de alto risco, mas a PF teme que os líderes do seqüestro percam o controle sobre o protesto e índios rebeldes matem os policiais a qualquer momento, se permanecer o impasse nas negociações. A PF terá o apoio de mil homens do Exército especializados em guerra na selva.

A operação resgate foi chamada de Operação José do Egito, numa referência a um trecho da Bíblia em que José foi resgatado de um poço, onde fora jogado pelos próprios irmãos. Depois de inaugurar a nova sede da PF em Foz do Iguaçu, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, disse que as negociações com os índios amotinados estão chegando ao fim e que a homologação da reserva em terras contínuas, principal motivo do protesto dos índios macuxis, é irreversível.

As tropas do Exército já estão mobilizadas. Boa parte do contingente deverá ser recrutado no Centro de Instrução de Guerra na Selva, de Manaus. Mas está sendo cogitado também o uso de militares da brigada de pára-quedistas do Rio de Janeiro. O comando do Exército já informou à PF que em poucas horas tem condições de transportar toda a tropa necessária à operação para as imediações da reserva, onde os policiais estão detidos. Um grupo de 250 policiais federais, muitos também especializados em combates na selva, já estão em Roraima prontos para entrarem em ação.

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