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Três secretários vão ao local onde federais estão retidos

Três secretários do governo do estado de Roraima - da Justiça e Cidadania, da Casa Civil e do Índio - estão neste momento na comunidade indígena do Flechal, que fica na reserva indígena Raposa Serra do Sol. Eles tentam ampliar as negociações para a libertação de quatro policiais federais que são mantidos como reféns na comunidade desde a última sexta-feira.


Três secretários do governo do estado de Roraima - da Justiça e Cidadania, da Casa Civil e do Índio - estão neste momento na comunidade indígena do Flechal, que fica na reserva indígena Raposa Serra do Sol. Eles tentam ampliar as negociações para a libertação de quatro policiais federais que são mantidos como reféns na comunidade desde a última sexta-feira.

Segundo o secretário de comunicação de Roraima, Ruy Figueiredo, o governo estadual está mediando as negociações a pedido do ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos. "Os secretários que lá estão mantêm um diálogo mais fácil com os índios que querem ter o direito de serem ouvidos".

Ruy Figueiredo afirmou também que os agentes, que antes podiam circular por toda a aldeia, estão agora confinados em uma casa e continuam armados. "Há a expectativa de uma libertação ainda hoje", disse.

Os indígenas do Flechal, assim como o governo estadual, protestam contra a homologação em área contínua da terra indígena Raposa Serra do Sol. Eles são ligados à Sociedade de Defesa dos Indígenas Unidos de Roraima (Sodiur).

O presidente da Funai, Mércio Pereira Gomes, disse ontem (26) que os arrozeiros que ocupam irregularmente a reserva influenciaram parte dos índios para serem contrários à homologação da reserva em área contínua. "Sabíamos que ia haver resistência por parte dos arrozeiros. Numa terra de 1,747 milhão de hectares, quem está fazendo tudo isso são oito arrozeiros, que conseguiram levar quase toda a população do estado de Roraima contra os índios que são a favor da homologação".

A demarcação em área contínua determina que os ocupantes não-índios da reserva - entre os quais os arrozeiros que exploram terras na margem Sudoeste da área - devem deixar o local no prazo de um ano.

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