- 12 de novembro de 2024
A história territorial de Roraima sempre representou riscos ao desenvolvimento de atividades empreendedoras por não possuir terras, energia, estradas, pontes e alguns governantes sérios e comprometidos com suas peculiaridades, causas e entraves.
Sabemos também que o processo de Internacionalização da Amazônia existe e que provavelmente o seqüestro de carbono (assimilação e fixação de gás carbônico pela floresta) é um dos principais fatores que levam os paises desenvolvidos a ter este interesse.
Não é necessário possuir uma grande capacidade lógica de raciocínio, nem perder tempo de nossas pobres e obsoletas vidas para diagnosticarmos que a área Raposa Serra do Sol sempre representou um elevado "risco indígena" para aqueles que ali investiram seus sonhos e economias, e que um dia, como uma bomba relógio, a explosão poderia acontecer, uma vez que as terras ocupadas sempre foram áreas de perambulação dos índios, sendo cogitadas por rizicultores e demais segmentos da sociedade.
Vale ressaltar que a rizicultura além de movimentar cifras vultosas para o nosso Estado, ocupa a vanguarda da economia regional. Os empresários do ramo como bons administradores souberam transformar o tal risco indígena em uma maravilhosa vantagem competitiva chegando a capitalizar um patrimônio invejável.
No dia 15 de abril a bomba então explodiu. O presidente Lula homologou a Reserva Raposa Serra do Sol. E agora? Ora nossos brilhantes empreendedores terão que desocupar as áreas com os direitos que lhe assistem, entre eles uma indenização que reflita o preço atual de mercado do imóvel em sua totalidade, ali incluídas terras e acessões naturais, matas, florestas e as benfeitorias indenizáveis a serem pagas em dinheiro.
A classe política foi eleita e é bem paga para pensar em viabilizar uma administração sustentável que oriente a construção de uma sociedade mais justa e buscar alternativas para fomentar a economia do Estado, e não para promover crises em prol da oligarquia roraimense.
Há até quem expresse suas reivindicações com a ajuda da brilhante classe política do Estado, alienando a população roraimense a lutar por uma questão já definida com a empolgante égide de que Roraima é Brasil. É triste e lamentável ouvir na mídia que as exéquias do Papa João Paulo II, serviram de oportunidade para o Vaticano manipular o Presidente da República na decisão da demarcação em área continua. É preciso esclarecer à população que a homologação é em área contínua e pronto.
Manifestações e revoluções são tão importantes quanto válidas, mas em Roraima elas deveriam ser canalizadas para erradicar os estrangeiros (suíços, alemães, norte americanos, franceses, japoneses, ingleses, canadenses, chineses, etc), as Ongs e demais organizações de má-fé que atuam, ocupam e patrocinam a grilagem do nosso território. Esta deve ser a luta. O resto não passa de pura promoção e campanha pró-eleitoral.