- 19 de novembro de 2024
Por Daniella Assunção Há três anos o pedreiro Almir Furtado da Silva, de 43 anos, mantém rotina diferente, em função de seu horário de trabalho. Ele sai em torno das 4h30 da madrugada de casa, no bairro Jardim Floresta e percorre cerca de quatro quilômetros de bicicleta para trabalhar no Distrito Industrial. Assim como ele, outras inúmeras pessoas também saem de casa para trabalhar de madrugada ou à noite, ou na melhor das hipóteses nestes horários estão regressando para casa. Há três anos o pedreiro Almir Furtado da Silva, de 43 anos, mantém rotina diferente, em função de seu horário de trabalho. Ele sai em torno das 4h30 da madrugada de casa, no bairro Jardim Floresta e percorre cerca de quatro quilômetros de bicicleta para trabalhar no Distrito Industrial. Assim como ele, outras inúmeras pessoas também saem de casa para trabalhar de madrugada ou à noite, ou na melhor das hipóteses nestes horários estão regressando para casa. Mas o impasse é que Almir, moradores e estudantes de parte dos bairros Jardim Floresta, Aeroporto e UFRR, quando saem à noite ou madrugada para trabalhar ou estudar, acabam enfrentando escuridão total em determinados trechos desses bairros que ultrapassam a um quilômetro para chegar ao trabalho ou freqüentar as aulas na UFRR. A falta de iluminação pública na rua aumenta a incidência de assaltos, acidentes e não está descartada, no caso de mulheres, perseguição por maníacos e o risco iminente de todo o tipo de violências O problema é antigo mas parece que as autoridades ainda não se deram conta da gravidade, pois até então nenhuma providência foi tomada tanto pela PMBV e Eletronorte quanto pelo Ministério Público da União, pois o Projeto Reluz é um convênio federal. Em se tratando do Campus Paricarana (UFRR) a situação é ainda pior, pelo menos é o que reclamam os universitários, em relação à falta de iluminação aliada a falta de segurança que acaba ofuscando a visão dos motoristas em relação aos pedestres. O acadêmico de Física, Silvano Peixoto conta que ficou 11 dias de atestado há cerca de um ano, quando perdeu o controle da bicicleta por não enxergar nada na escuridão e acabou caindo quando desviou de um buraco, ferindo a cabeça e braços. Outro fator alarmante é que por conta do retorno que passa por trás do bloco III ser muito longo, os motoristas não estão respeitando o trajeto feito pela prefeitura. Existem alguns que arriscam seguir a rota, mas confessam que sentem muito medo por causa da escuridão. "Transitar pela UFRR é muito perigoso, a gente corre risco de ser assaltado, de ser até atropelado. Pior ainda fica quando está chovendo e a gente tem que sair de casa com chuva e sem ver nada pela frente devido à falta de iluminação na rua, porque caso contrário, corre-se o risco de reprovação por falta. De promessas estamos cheios", comenta. Insatisfação O Fontebrasil fez uma pesquisa em que o grau insatisfação nos bairros Jardim Floresta I e II, Aeroporto, UFRR é de 93% sendo que apenas 7% estão "razoavelmente satisfeitos". O problema da sensação de insegurança não está ligado, como se pode constatar, à falta de iluminação, mas à própria insegurança em que se vive com luz ou sem ela, devido aos motoristas não estarem respeitando aos trajetos feitos pela Prefeitura. PMBV O site Fontebrasil buscou informações junto a Assessoria de Comunicação da PMBV para saber a previsão para o início das obras do Projeto Reluz, mas segundo um funcionário que não quis ter o nome divulgado "Toda e qualquer informação para o site Fontebrasil estão proibidas". Há oito meses, foi prometida, pelo vice-prefeito de Boa Vista, o início das obras de iluminação no Campus. Mas até o momento nada foi feito e quem perde com essas falsas promessas é a população que continua sem iluminação ideal para andar com segurança.