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RAPOSA/SERRA DO SOL: A ENTREGA TOTAL DO BRASIL II

A Portaria n° 534 do último dia 13, destituindo o estado de Roraima de quase 10% de suas terras, é medida unilateral, impositiva e ditatorial que atende unicamente a interesses escusos de Ongs internacionais e países do chamado primeiro mundo. Ela cria a Reserva Indígena Raposa/Serra do Sol, desfechando golpe brutal, quase mortal, nessa isolada e esquecida unidade de nossa Federação.


Márcio Accioly Boa Vista - A Portaria n° 534 do último dia 13, destituindo o estado de Roraima de quase 10% de suas terras, é medida unilateral, impositiva e ditatorial que atende unicamente a interesses escusos de Ongs internacionais e países do chamado primeiro mundo. Ela cria a Reserva Indígena Raposa/Serra do Sol, desfechando golpe brutal, quase mortal, nessa isolada e esquecida unidade de nossa Federação. A Portaria arruína por inteiro grande parte da atividade econômica, ao estabelecer prazo de um ano para a retirada dos arrozeiros que ali cultivam toneladas de grãos do cereal para consumo interno e exportação. Além disso, sufoca o desenvolvimento de municípios excluídos da área da reserva, podados completamente nas suas atividades. Roraima é onde mais se produz arroz na Região Norte do Brasil, abastecendo todos os mercados dos demais estados localizados na Amazônia. Essa atividade empresarial é responsável pela geração de cerca de seis mil empregos diretos, ocupando muitos dos próprios indígenas e descendentes (eles formam quase a totalidade dos trabalhadores). A maior parte da produção de arroz se encontra dentro do perímetro da reserva criada (mais de 60%). Não há como ressarcir o investimento realizado: tempo aplicado, o equipamento montado, num trabalho de gerações. Sem contar a crise social que advirá com o desemprego em massa. As Ongs internacionais e grupos religiosos estrangeiros infiltrados (grande parte da igreja católica manipula os índios através do CIR - Conselho Indígena de Roraima), já se mobilizam para "substituir" o trabalho realizado pela gestão estatal. Seria risível, não fosse tão trágico, tomar conhecimento das manobras efetuadas por organizações norte-americanas (os ianques estão adquirindo largas parcelas de terra nas proximidades), que pretendem assumir a defesa dos índios brasileiros. Como se não houvesse vasta literatura a respeito da política adotada pelos EUA que dizimaram quase todas as tribos (para isso empregaram o Exército), no período de sua colonização. É possível que, agora, considerável parcela da população consiga entender as razões da massiva campanha colocada no ar pela Rede Globo de Televisão, ao pregar o desarmamento da população nacional. As políticas estratégicas desenvolvidas por países que se dizem ricos, notadamente os EUA, são elaboradas com décadas de antecedência. Por isso que eles chegaram onde se encontram. Desarmar para facilitar a ocupação, eis o lema. Dentro de mais uns quatro ou cinco anos, em cálculos otimistas, o petróleo norte-americano chegará ao fim. Suas reservas irão se esgotar. Seus campos de produção são denúncia clara e insofismável da ação criminosa desenvolvida pelo império ao longo dos séculos. Onde se localizam os campos de produção petrolífera dos EUA? Nas terras que tomaram do vizinho, o México. Isso aconteceu na primeira guerra no exterior travada pelos norte-americanos, sob a presidência de James K. Polk (1845-49). No final, quando os dois países assinaram o Tratado de Guadalupe-Hidalgo (fevereiro de 1848), o México perdeu o que hoje corresponde aos estados da Califórnia, Arizona, Novo México, Nevada, Utah, partes do Colorado e do Wyoming. Quando os miseráveis mexicanos são presos nos dias atuais, invadindo partes sul do território dos EUA (em busca de emprego e remédio para suas tribulações econômicas), comete-se gritante injustiça: eles nada mais fazem do que revisitar o que lhes surrupiaram com a ajuda de políticos desonestos do país, tal qual acontece no nosso. Observe-se o que fez o presidente FHC (1995-2003), ao desnacionalizar nossa economia em cerca de 78%. Seria também cômico, não fosse tão trágico, tomar conhecimento de comportamento ora adotado por alguns dos viciados e decrépitos políticos nacionais, ao protestarem contra a demarcação da Raposa/Serra do Sol, como se não fossem responsáveis pela devastação das riquezas naturais do país, em especial no período FHC. Levantem-se os registros nos anais da Câmara dos Deputados e do Senado, para que se tome conhecimento dos nomes de ditos representantes do povo brasileiro que aprovaram a venda da Companhia Vale do Rio Doce, Sistema Telebrás, desmonte da Petrobrás e entrega de todo o sistema elétrico do país, numa lista apenas parcial. Disso, eles não têm como fugir, pois está tudo anotado para a posteridade. Por isso, a necessidade de se esclarecer a população. (continua). Email: [email protected]

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