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Revista IstoÉ - Agência do Basa sofrerá devassa por empréstimo a Getúlio Cruz e Romero Jucá


O cerco está se fechando cada vez mais. O ministro da Previdência, Romero Jucá, vai enfrentar uma nova tempestade. Por determinação do presidente do Banco da Amazônia, o Basa, Mâncio Lima Cordeiro, está sendo feita uma devassa completa na agência do banco em Belém, onde Jucá retirou o empréstimo de R$ 18 milhões em 1994. As garantias apresentadas no empréstimo são sete fazendas fantasmas. Ex-secretário de Finanças do governador petista Jorge Viana, do Acre, Manso vai entregar já na próxima semana o resultado da auditoria interna diretamente ao presidente Lula. A linha de investigação está focada no ex-sócio de Jucá na Frangonorte, Luiz Carlos Fernandes de Oliveira, dono das propriedades fantasmas.


Relatório de auditores do Banco da Amazônia, que será entregue a Lula, complica ainda mais a situação do ministro Romero Jucá. Amaury Ribeiro Jr. e Sônia Filgueiras O ministro da Previdência, Romero Jucá, vai enfrentar uma nova tempestade. Por determinação do presidente do Banco da Amazônia, o Basa, Mâncio Lima Cordeiro, está sendo feita uma devassa completa na agência do banco em Belém, onde Jucá retirou o empréstimo de R$ 18 milhões em 1994. As garantias apresentadas no empréstimo são sete fazendas fantasmas. Ex-secretário de Finanças do governador petista Jorge Viana, do Acre, Manso vai entregar já na próxima semana o resultado da auditoria interna diretamente ao presidente Lula. A linha de investigação está focada no ex-sócio de Jucá na Frangonorte, Luiz Carlos Fernandes de Oliveira, dono das propriedades fantasmas. Os auditores também pretendem descobrir por que parte do empréstimo supostamente desviado foi parar na conta pessoal de Jucá. Há duas suspeitas para o inusitado destino final do dinheiro: a construção de um shopping de familiares do ministro em Recife e o financiamento de campanhas políticas. Jucá (PMDB-RR) deixou todo o governo Lula numa tremenda saia-justa. Acusado de apresentar fazendas inexistentes como garantia de um empréstimo e citado em um grampo da Polícia Federal, no qual o prefeito de Cantá (RR), Paulo Souza Peixoto, negocia propinas em troca da liberação de verbas federais, Jucá conseguiu constranger, a um só tempo, o presidente Lula, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e integrantes de seu próprio partido. Todos os que avalizaram seu ingresso no governo amargam, agora, um desgaste. A polêmica em torno do ministro provoca até confusões na própria base. Irritado com as críticas disparadas pelo ex-presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), que cobrou esclarecimentos de Jucá, Renan Calheiros foi reclamar com Mercadante. "Fogo amigo com o PMDB, não", reagiu o presidente do Senado. Agora, corre no Congresso a avaliação de que a queda do ministro da Previdência serviria a uma ala petista interessada em reabrir a reforma ministerial. Na quarta-feira 6, Lula deixou claro que, na sua avaliação, a onda de denúncias já se estendeu demais. O governo precisa que Jucá mergulhe de vez na solução de um problema muito maior: o combate ao déficit da Previdência.

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