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"Nervoso e irritado" - Edersen Lima


Um político roraimense próximo de Jucá confidenciou à coluna que "pela primeira vez" ele o via "nervoso e irritado". O motivo: reportagem do Correio Braziliense informando que, tanto a Constituição brasileira como o Regimento Interno do Senado, vedam, proíbem com pena de cassação de mandato o parlamentar fedeeral que contrair contratos financeiros com agentes públicos. Romero pegou dinheiro do FNO do Basa quando já era senador.


Brasília - Em texto publicado na quarta-feira, 6, a coluna discordou do ministro Romero Jucá e do seu ex-sócio no Frangonorte, Getúlio Cruz, de que a imprensa estava distorcendo o calote no Basa, aplicado pelos dois. Até aquele momento, durante duas semanas, os jornalistas que cobrem o assunto apenas publicaram os fatos, o conteúdo dos documentos oficiais do Basa e as declarações de ambos que não batem com o que consta no processo de cobrança judicial aberto pelo banco. Neste espaço, comentamos que até aquele momento, nem os articulistas e nem políticos de qualquer partido haviam entrado no mérito da questão, dando até oxigênio para o ministro. Mas foi só comentar isso, para na tarde de quarta-feira, jornalistas e políticos passarem a se posicionar sobre o tombo no Basa, questionando a falta de preparo do setor de inteligência do governo em não investigar melhor os nomes que o compõe; cobrando explicações convincentes de Jucá e comentando a situação desconfortável vivida por Romero desde o primeiro momento em que assumiu a Previdência. Um político roraimense próximo de Jucá confidenciou à coluna que "pela primeira vez" ele o via "nervoso e irritado". O motivo: reportagem do Correio Braziliense informando que, tanto a Constituição brasileira como o Regimento Interno do Senado, vedam, proíbem com pena de cassação de mandato o parlamentar fedeeral que contrair contratos financeiros com agentes públicos. Romero pegou dinheiro do FNO do Basa quando já era senador. Aqui em Brasília, outra certeza além de que o ministro está enrolado, vive-se a de que a morte de João Paulo II o ajudou a permanecer no cargo. O Papa acaba de ser enterrado e duas revistas de grande circulação preparam reportagens especiais sobre o calote do Basa e as contradições de uma história cravejada de denúncias de irregularidade e desvios de conduta. Realmente, não é à toa que o ministro esteja "nervoso e irritado".

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