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Desembargador determina prisão de juiz acusado de matar colega


O juiz Antônio Leopoldo Teixeira, apontado como o principal suspeito de ser o mandante do assassinato do também magistrado Alexandre Martins de Castro Filho, foi preso nesta sexta-feira, após prestar depoimento ao desembargador Pedro Valls Feu Rosa, no TJ (Tribunal de Justiça) do Espírito Santo. O crime ocorreu em março de 2003. A prisão temporária contra o juiz foi decretada pelo próprio desembargador. A assessoria de imprensa do TJ afirma que Teixeira foi encaminhado para o quartel da Polícia Militar em Vitória.


O juiz Antônio Leopoldo Teixeira, apontado como o principal suspeito de ser o mandante do assassinato do também magistrado Alexandre Martins de Castro Filho, foi preso nesta sexta-feira, após prestar depoimento ao desembargador Pedro Valls Feu Rosa, no TJ (Tribunal de Justiça) do Espírito Santo. O crime ocorreu em março de 2003. A prisão temporária contra o juiz foi decretada pelo próprio desembargador. A assessoria de imprensa do TJ afirma que Teixeira foi encaminhado para o quartel da Polícia Militar em Vitória. Na quinta-feira, o juiz já havia sido ouvido pelo desembargador. O teor dos depoimentos não foi divulgado. Suspeita No mesmo TJ corre desde 2001 um processo administrativo contra Teixeira, sob segredo de Justiça e ainda não concluído. O processo teve início a partir de dois relatórios, nos quais Castro Filho e outros dois juízes denunciavam irregularidades na atuação de Teixeira na 5ª Vara de Execuções Penais, onde ele era o juiz titular. Após a morte de Castro Filho, as denúncias foram investigadas pelas polícias Civil, Militar e pelo Ministério Público e ajudam agora a sustentar a suspeita do interesse do juiz Teixeira no assassinato, conforme o inquérito. Entre as irregularidades, segundo o secretário Rodney Rocha Miranda (Segurança), estão benefícios concedidos a presos, venda de sentenças judiciais e tráfico de influência. Em entrevista coletiva, Teixeira negou envolvimento no crime e tachou de "invenções" as suspeitas levantadas contra ele. Crime A suspeita de envolvimento de integrantes do Poder Judiciário no assassinato foram divulgadas na semana passada pelo secretário da Segurança Pública do Espírito Santo, Rodney Miranda. "O juiz Alexandre era uma pessoa muito combativa e que angariou vários inimigos, muitos deles dentro do próprio Judiciário", disse o secretário, na ocasião. Testemunhas disseram em depoimentos que algumas dessas pessoas teriam ligação com os pistoleiros e intermediários já indicados. Castro Filho foi morto a tiros. Ele havia substituído Teixeira na Vara de Execuções Penais e tinha até então atuação destacada no combate ao crime organizado no Espírito Santo. Com a divulgação da suspeita de envolvimento de Teixeira na morte do colega, os desembargadores do TJ decidiram, na segunda-feira, afastá-lo das suas funções na 2ª Vara de Órfãos e Sucessões. Violência Castro Filho foi baleado por ocupantes de uma moto após estacionar seu carro em frente a uma academia em Vila Velha. O juiz havia sofrido ameaças de morte. No dia do crime, porém, estava sem segurança. Em setembro de 2004, um júri popular formado por sete pessoas decidiu aceitar as argumentações do Ministério Público e condenar Odessi Martins da Silva e Giliardi Ferreira pelo assassinato do juiz. Com Agência Folha

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