- 19 de novembro de 2024
"Prometo combater a corrupção e os ladrões da Previdência". Assim, com esse discurso o ministro Romero Jucá, há uma semana, assumiu uma pasta do governo Lula. Ontem, ele fazia seu debut negativo no Jornal Nacional, quando o apresentador Willian Bonner, informou que o procurador geral da República, Cláudio Fonteles, deu prazo de 20 para que Romero se explique sobre o rombo no Basa, praticado por ele junto com ilustre figura da política roraimense. Romero provou o gosto amargo que adversários seus já provaram. Romero, agora, também teve no Jornal Nacional os seus 15 segundos de inglória, fruto, quem sabe, da certeza de impunidade. Certeza essa, com certeza, alimentada pelo fato de se ver sempre escamoteado, escondido, prettegido pela imprensa roraimense, que até agora, com três dias de reportagens seqüenciais sobre as estripulias nada exemplares do senador publicadas pela grande imprensa, ainda não deu uma só linha. Nisso tudo, o que mais a sociedade tem sentido é a ausência das tradicionais lições de bom comportamento, de ética e da moral com a coisa pública publicadas todos os dias, que ainda não se sabe por que, não têm sido ministradas. Para quem não conhece Roraima, não compreende tal realidade. O político mais influente e íntegro do estado, que prometeu há uma semana combater a corrupção e a ladroagem, vê-se envolvido numa fraude dessas, sendo manchete em todos os jornais de grande circulação. E aí, em Boa Vista, nada se divulga a respeito. Não vive-se uma hipocrisia. Vive-se uma fantasia onde Romero Jucá acredita ser o único político puro e honesto. E o professor de ética e moral acredita no que ensina. Ser e fazer, são outros quinhentos. A estréia de ontem pode ser o primeiro capítulo de uma vergonhosa novela. Aguardem.