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Tirando da reta - Ministro afirma que problema é do seu ex-sócio

O suposto dono das propriedades, Luiz Carlos Fernandes de Oliveira, aparece no documento apenas como "hipotecante interveniente" (terceiro, não devedor, que teve bem hipotecado em favor do devedor real). O Basa confirma que os devedores são Romero Jucá e Getúlio Cruz, dono da Folha de B. Vista.


Folha de S. Paulo Em nota assinada pelo seu assessor de comunicação, o ministro da Previdência, Romero Jucá (PMDB-RR), voltou a dizer ontem que as sete fazendas inexistentes foram oferecidas como garantia ao Basa (Banco da Amazônia) pelo seu ex-sócio, Luiz Carlos Fernandes de Oliveira. Procurado desde sexta-feira e novamente ontem, o ministro não concede entrevista à Folha sobre o assunto. De acordo com a nota, o ministro teria dito: "Deixei de ser sócio da empresa há oito anos, e, portanto, não tenho a ver com a sua gestão". Segundo a nota de ontem, "a reportagem publicada pela Folha de S.Paulo em sua edição de hoje (...) parte de uma premissa equivocada: o ministro Romero Jucá jamais foi proprietário de sete fazendas, portanto jamais poderia oferecê-las em garantia ao Banco da Amazônia (Basa). A garantia foi dada pelo novo proprietário da Frangonorte, Luiz Carlos Fernandes de Oliveira, dono das referidas áreas (...). As fazendas, portanto, foram dadas em garantia por Luiz Carlos, e não pelo ministro. Jucá apenas transferiu suas cotas na empresa ao novo proprietário, há oito anos, por meio de um documento citado pelo jornal". De acordo com o documento registrado em cartório de Boa Vista (RR) em 12 de agosto de 1996, Jucá e seu então sócio, Getúlio Cruz, encaminharam as fazendas como garantia ao banco na qualidade de "fiadores e principais pagadores". O suposto dono das propriedades, Luiz Carlos Fernandes de Oliveira, aparece no documento apenas como "hipotecante interveniente" (terceiro, não devedor, que teve bem hipotecado em favor do devedor real). (RV)

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