- 19 de novembro de 2024
Brasília - O procurador-geral da República, Claudio Fonteles, decidirá em breve se pede ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de um inquérito para investigar se o ministro da Previdência Social, Romero Jucá, cometeu irregularidades ao pedir um empréstimo bancário para o abatedouro de frangos Frangonorte, do qual era sócio. No final do ano passado, procuradores da República em Roraima enviaram a Fonteles um procedimento administrativo que tinha sido aberto para apurar supostos problemas no empréstimo concedido pelo Banco da Amazônia (Basa). Como as investigações poderiam esbarrar em Jucá, que é senador, os procuradores decidiram encaminhá-las a Fonteles, que atua no STF, tribunal onde tramitam inquéritos e processos contra parlamentares e ministros. Atualmente, assessores jurídicos do procurador-geral da República analisam o procedimento administrativo aberto em Roraima. Depois dessa análise, se forem encontrados indícios contra Jucá, Fonteles decidirá se pede a abertura de um inquérito ou se apresenta diretamente uma denúncia ao STF, no caso de existirem provas suficientes. Atualmente Jucá é investigado em um inquérito aberto no STF a pedido de Fonteles para apurar suspeitas de desvio de verbas federais no município de Cantá. Desde agosto do ano passado, não é possível ter acesso ao conteúdo das investigações porque o relator, ministro Marco Aurélio Mello, determinou que o caso tramitasse em segredo de Justiça sob o argumento de que existem degravação de conversas no inquérito. Recentemente, antes de sua posse como ministro, a assessoria de comunicação de Jucá apresentou uma certidão na qual uma escrivã de Polícia Federal em Roraima informava que até 11 de março de 2005 não havia registro de antecedentes criminais em nome do senador. "As investigações contra ele já acabaram e a prova disso é a certidão de nada consta", afirmou a assessoria de Jucá na ocasião.