- 19 de novembro de 2024
Edersen Lima, Editor Brasília - Volta e meia, o papel da imprensa em Roraima é debatido. Sugestões e críticas surgem às pencas. Mas ninguém duvida que o primordial é informar, bem informar. O jornal Folha de S. Paulo estampa hoje (28) em duas páginas reportagem que desdobra de forma ainda mais grave o calote aplicado no Basa pelo ministro da Previdência, Romero Jucá, o político mais influente do estado. O calote foi denunciado ano passado por este Fontebrasil. O papel da imprensa é o de bem informar, lembremos. Mas não será nenhuma surpresa que apenas este site venha repercutir o que foi manchete na Folha de S. Paulo. É de se compreender que para alguns veículos, o calote que o ministro é acusado não se trata de "informação necessária". Outros, pela tradição, pela marca registrada, nem sonham com assuntos mais polêmicos. Articulistas e donos da verdade parecem que não vão tomar conhecimento do tema. Se os protagonistas do escândalo fossem outros... Sim. O papel da imprensa em Roraima também é o de bem informar, só que parte do que é notícia fora da maloca passa batido pelas redações, pelos conceitos de profissionais tão comprometidos com a informação. Muito do que aqui acontece, evita-se informar aí. Como se nada tivesse acontecido. Como se nada lhes dissessem respeito. Como se, por exemplo, colocar sete fazendas que não existem como garantia de um empréstimo de milhões de reais, ou seja, aplicar um golpe sujo no sistema financeiro por um ministro de estado não fosse notícia. Os golpes do chinês pára-quedista Chhai Kwo Chheng são notícia. Gafanhotos são notícia. Descaso na Saúde Pública são importantes. Rombos no DER e Codesaima valem até comentários em colunas. Calote no Basa, não. Não é notícia, não é importante e muito menos vale comentário em coluna por um simples motivo: Não se trata de informar o bem.