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Acusado de fraude, Jucá afirma que combaterá sonegação na Previdência


Empossado ontem no Ministério da Previdência Social, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), 50, disse que sua prioridade na pasta será combater fraudes e sonegação e ampliar a base de arrecadação, incluindo segmentos que estão fora do sistema. Jucá refutou as acusações contra ele de desvio de verba pública e de ter sido sócio de uma empresa que possui dívida com o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). "Isso não afeta minha autoridade para ser ministro nem para ser senador", disse ele.


Folha de S. Paulo Empossado ontem no Ministério da Previdência Social, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), 50, disse que sua prioridade na pasta será combater fraudes e sonegação e ampliar a base de arrecadação, incluindo segmentos que estão fora do sistema. O senador disse que outro desafio é o de melhorar o atendimento ao público e que vai "aprimorar o trabalho" de seu antecessor, Amir Lando (PMDB-RO). Jucá ainda refutou as acusações contra ele de desvio de verba pública e de ter sido sócio de uma empresa que possui dívida com o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). "Isso não afeta minha autoridade para ser ministro nem para ser senador", disse ele. Folha - O principal déficit público é gerado pela Previdência Social. O sr. pretende fazer mudanças na gestão da pasta? Romero Jucá - Vou me inteirar do trabalho que o senador Amir Lando (PMDB-RO) estava fazendo e vou aprimorá-lo no que eu puder. Temos alguns desafios: melhoria do atendimento, combate à fraude e à sonegação e a ampliação da base de arrecadação, incluindo segmentos que estão fora da Previdência. Folha - A Câmara dos Deputados aprovou alterações na chamada PEC paralela da reforma da Previdência, o que provocará impacto no caixa dos Estados. O sr. pretende conversar com os senadores para derrubar esses pontos? Jucá - Como o Senado é a casa da Federação, tenho certeza de que os senadores vão levar em conta a questão do equilíbrio fiscal dos Estados. Eu vou estar à disposição, mas é claro que essa matéria é estadual. Folha - A reforma ministerial demorou muito para começar? Jucá - Reforma ministerial nunca é fácil porque tem a costura do governo de coalizão, os vários segmentos partidários, então é um processo de macropolítica, trabalhoso. Folha - O sr. é acusado de ter sido sócio de uma empresa que tem dívida com a Previdência e há um processo tramitando no STF (Supremo Tribunal Federal) com a acusação de desvio de verba pública. Isso não afeta sua autoridade no ministério? Jucá - Eu saí dessa empresa [Frangonorte Indústria e Comércio Ltda.] há oito anos, portanto não tenho nenhuma responsabilidade. E não tem nada contra mim no processo [do STF]. Já pedi que a PF se manifeste, e ela não se manifestou ainda porque o processo está correndo sob sigilo. Isso não afeta minha autoridade para ser ministro nem para ser senador.

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