- 19 de novembro de 2024
O deputado federal Severino Cavalcanti (PP-PE) que se cuide: está em gestação, nas mentes malignas dos que controlam o país (através de condenáveis artifícios e lucubrações da Rede Globo), um plano que tem como objetivo encontrar meios para anular sua eleição para a Presidência da Câmara, realizando espécie de terceiro turno naquele pleito. Juristas de plantão, e interessados na alienação e escravização eterna do país, estão unidos no incansável trabalho de buscar alternativa que ofereça saída institucional desejada. Para tanto, poder-se-ia seguir exemplo oferecido pela Assembléia Legislativa de Roraima que, em 2001, simplesmente afastou o presidente reeleito, deputado Édio Lopes (PST). O fato é que a Rede Globo se mostra em guerra aberta contra o pernambucano. Não se passa um único dia sem a veiculação televisiva de comentário negativo da lavra de seu articulista Franklin Martins, desancando Severino como se concorrentes por ele derrotados fossem incomparáveis anjos de candura. Como lutar contra tal pressão? A Globo se especializou em fazer e destruir reputações, atuando sem controle e de forma soberana. A atual campanha contrária se acirrou depois que a emissora da família Marinho vetou o nome do deputado Ciro Nogueira (PP-PI), indicado por Severino para as Comunicações. O veto, segundo informação divulgada por Sebastião Nery (Tribuna da Imprensa da terça-feira, 22), aconteceu porque "a Globo não tem intimidade com o rapaz". Governar o Brasil sob a tutela de tal emissora vai-se provando impossível. Ela anestesia a população, transformando-a em vidiota. Todos se tornaram dependentes de novelas pornográficas e agentes passivos de programação que converteu o país num bordel. E é muito mais fácil afastar Severino da Presidência do que impor limites aos meios de comunicação do hemisfério. A corda arrebenta sempre no lado mais fraco! Recentemente, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, sofreu fortes ataques na mídia internacional por anunciar que pretende criar lei de imprensa "que regule o conteúdo das transmissões de rádio e televisão no país". Segundo os críticos, tal lei iria permitir que o governo censurasse a imprensa. É situação delicada, de difícil solução, pois os meios de comunicação, a serviço do capital financeiro mundial, dominam inteiramente o cenário. E não há como se defender censura que favoreça e estimule aspirações de eventual candidato a ditador. Fica-se no mato sem cachorro. Cada qual tem seus argumentos e não há como distinguir santo e pecador. No Brasil, por exemplo, o governo petista quis criar um Conselho Federal de Jornalismo, duramente combatido, que iria intimidar profissionais do ramo. Não deu certo. Na Venezuela, os EUA querem depor Chávez, de olho no petróleo. A democracia, ancorada em sistema econômico (capitalismo) que não mais oferece respostas aos problemas defrontados, parece caminhar em direção a desfecho assustador. A exclusão social já atinge proporção gigantesca e os paliativos se esgotam rapidamente. Mas o pior é verificar que os mecanismos aplicados buscam apenas conduzir as instituições a fluxo que satisfaça e contemple os donos do planeta. Num mundo em que a tecnologia aprofunda o fosso que separa os privilegiados e destituídos, cresce a impressão da proximidade de final profundamente infeliz. Severino está no fio da navalha. Ousou contestar jogo de cartas marcadas, alterando resultado previsto. Terá de se manter bem alerta e evitar fazer o jogo dos que só pensam em derrubá-lo. A reforma só foi suspensa por imposição da Globo, no veto a Severino. Email: [email protected]