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Área tecnológica

Profissionais decidem entrar em greve


A Comissão de Negociação dos Profissionais da Área Tecnológica do Estado de Roraima (Conepat-RR), formada por engenheiros, arquitetos, médicos veterinários, técnicos industriais e agrícolas do estado decidiram novamente entrar em greve, desta vez por tempo indeterminado. A informação foi prestada na manhã desta terça, 7, pelos representantes das categorias, afirmando que encaminharão uma carta ao Executivo informando que a mobilização terá início em um prazo de 48 horas.
 
De acordo com o presidente do movimento, Wolney Costa, até o momento não houve um consenso entre o Poder Estadual e os profissionais no tocante a questões trabalhistas. Ele afirma que ficou decidido em assembleia geral que a paralização somente encerrará quando for atendida a pauta de reivindicações da categoria. “Ficou decidido que mesmo havendo uma negociação continuaremos em greve, pois estamos há muito tempo neste impasse. Fizemos algumas reuniões com o governador José de Anchieta em que foi apresentada a ele a pauta de reivindicações dos profissionais da área tecnológica, porém até o momento não obtivemos uma resposta concreta”, criticou.
 
De acordo com Wolney, o chefe do Executivo publicou no Diário Oficial do Estado que em um prazo de sessenta dias seria encaminhado a Assembleia Legislativa de Roraima de Roraima (ALE-RR), um Projeto de Lei que trata sobre o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) da categoria, porém o prazo venceu e nada foi cumprido.
 
“Tivemos apenas um encontro com o governador, quando ainda estávamos em greve. Ele fez as promessas nos garantindo que uma Câmara Temática ficaria encarregada de avaliar o nosso PCCR para que voltássemos a nos reunir e entrarmos em um acordo, mas isso até o momento não aconteceu. Encaminhamos uma outra carta para o governo pedindo um calendário de reuniões, mas também não fomos atendidos”, diz o presidente afirmando que a paralisação será feita com base na Lei de Greve.
 
O vice-presidente da Comissão, Neovânio Soares Lima disse ainda que a Comissão de Negociação apresentou ao governador um documento que comprova o piso salarial dos profissionais de engenharia, equivalente a oito salários mínimos e meio, conforme a Lei Federal. Também foram tratados os assuntos referentes ao PCCR de dos profissionais.
 
“Apresentamos ao governador a realidade do piso salarial dos engenheiros, ele alegou que não tinha condições de pagar, mas em contraproposta nos concederia todas as progressões horizontais e verticais por tempo de serviço que deveriam ser pagos em dezembro. Ele falou ainda que equiparia a remuneração dos técnicos industriais aos agrícolas e que o nosso Plano de Cargos, Salários e Remuneração seria analisado por essa Câmara Temática. Mas não fomos atendidos. Por esse motivo resolvemos entrar em greve e permaneceremos nessa situação mesmo que aconteça alguma negociação. Só vamos encerrar a mobilização quando todas as nossas reivindicações sejam atendidas”, finalizou.
 
A paralisação é composta pelo Sindicato dos Engenheiros do Estado de Roraima (Senge-RR), Sindicato dos Técnicos Industriais do Estado de Roraima (Sintec-RR), Sindicato dos Técnicos Agrícolas do Estado de Roraima (Sinta-RR), Associação dos Engenheiros Agrônomos do Estado de Roraima (AEA-RR), Associação dos Engenheiros Florestais do Estado de Roraima (Asseoflor-RR), Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Roraima (Area-RR). A paralisação conta com o apoio do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Roraima (Crea-RR).
 

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