Intervenção nos tratos entre países
Brasília – O senador Romero Jucá (PMDB/RR), vice-presidente do Senado, em discurso no plenário nesta quinta-feira ( 19 ) , comunicou que irá coordenar o Grupo de Trabalho responsável por organizar o V Fórum de Consulta de Presidentes de Parlamentos do G20, a ser sediado no Brasil em 2014. O grupo foi instituído esta semana pelos presidentes do Senado, Renan Calheiros e da Câmara, Henrique Eduardo Alves. O coordenador pela Câmara dos Deputados, será o Deputado Cândido Vacarezza (PT/SP).
Segundo Romero Jucá, os coordenadores irão decidir data, local e pauta do fórum que este ano foi realizado no México. “ É com muita honra que aceitei este desafio. Com certeza os debates e sugestões irão permitir agregar uma perspectiva legislativa para a cooperação econômica internacional. É importante que as matérias legislativas tenham um poder maior de intervenção nos tratados internacionais que afetem a vida dos cidadãos”.
Composição do Grupo
O Grupo de Trabalho é composto pelos senadores, Romero Jucá (PMDB/RR) – coordenador, Ricardo Ferraço (PMDB/ES), Humberto Costa (PT/PE), Cássio Cunha Lima (PSDB/PB), Ana Amélia ( PP/RS) e pelo deputados Cândido Vacarezza (PT/SP – coordenador ), Sandro Mabel (PMDB/GO), Otávio Leite ( PSDB/RJ ), João Maia (PR/RN) e deputada Mara Gabrili ( PSDB/SP).
Grupo dos Vinte (G-20)
O G-20 é um fórum informal que promove debate aberto e construtivo entre países industrializados e emergentes sobre assuntos-chave relacionados à estabilidade econômica global. O G-20 apoia o crescimento e o desenvolvimento mundial por meio do fortalecimento da arquitetura financeira internacional e via oportunidades de diálogo sobre políticas nacionais, cooperação internacional e instituições econômico-financeiras internacionais.
Criado em resposta às crises financeiras do final dos anos 90, o G-20 reflete mais adequadamente a diversidade de interesses das economias industrializadas e emergentes, possuindo assim maior representatividade e legitimidade. O Grupo conta com a participação de Chefes de Estado, Ministros de Finanças e Presidentes de Bancos Centrais de 19 países: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Rússia, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos. A União Europeia também faz parte do Grupo, representada pela presidência rotativa do Conselho da União Europeia e pelo Banco Central Europeu. Ainda, para garantir o trabalho simultâneo com instituições internacionais, o Diretor-Gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Presidente do Banco Mundial também participam ex-officio das reuniões. Desde o advento da última crise, o G-20 passou também a trabalhar em iniciativas diversas com outros organismos, países convidados e fóruns internacionais, como o BIS, FSB, OCDE, dentre outros.
Diferentemente de organizações internacionais como o FMI e o Banco Mundial, o G-20 não tem pessoal permanente. A presidência do Grupo é anual e rotativa entre os membros, sendo o país presidente incumbido de estabelecer um secretariado provisório durante sua gestão. O Brasil foi presidente do G-20 em 2008.
No ano de 2013, a presidência do Grupo foi passada à Rússia. Em seu programa de trabalho, os russos pretendem dar prioridade às seguintes áreas: arcabouço para um crescimento forte, sustentável e equilibrado; emprego; reforma da arquitetura financeira internacional; fortalecimento da regulação financeira; sustentabilidade energética; desenvolvimento para todos; aprimoramento do comércio multilateral; e combate à corrupção. Em 2014, a Rússia passará a coordenação do G-20 à Austrália.