Confirmada para 2014, a formação em Saúde Mental com ênfase em crack, álcool e outras drogas, para Agentes Comunitários de Saúde e técnicos de enfermagem da Atenção Básica. Os coordenadores da Escola Técnica do SUS (Etsus) e Unidade Integrada da Saúde Mental (Uisam) acertaram com a representante do Ministério da Saúde (MS) como será a contratação de orientadores e tutores, além da formação das turmas nos municípios. Os detalhes foram vistos na tarde de terça-feira, 17, na sala da Etsus.
O curso é financiado pelo governo federal e leva o nome de “Caminhos do Cuidado”. Além de Roraima, mais nove estados compõem a terceira etapa do programa federal. Pelo menos 706 profissionais serão formados durante os 12 meses no estado. Ao todo, serão 290.760 alunos qualificados no país.
A proposta da qualificação está concentrada em três eixos: conhecer a realidade e a rede de atenção, os conceitos e as políticas; ampliar as possibilidades dos profissionais para o cuidado, tendo o olhar e escuta como forma para dar visibilidade à questão das drogas; e o terceiro eixo, a transversalidade que passa pela reforma psiquiátrica, redução de danos e integralidade do cuidado como diretrizes para a intervenção no tratamento.
Edelves Vieira, coordenadora do programa pelo MS, explicou que o curso terá 60 horas/aulas, sendo 24h presenciais e 12h de dispersão, intercaladas a três encontros. Ela garantiu entusiasmada que o curso irá acontecer, embora aguardasse o representante do Conasems para definir a participação dos profissionais de saúde no curso.
Segundo a coordenadora, o primeiro passo, a partir de fevereiro, é a seleção dos orientadores e tutores, respeitando o quadro da região para composição das turmas. O processo será feito, por meio de termo de referência uma prática mais rápida e adotada nos demais estados. “O projeto foi montado para quatro tutores e um coordenador em cada região, mas acredito que hoje já está diferente. Teremos que nos adaptar a realidade atual”, comentou Edelves.
Para Romina Carvalho, diretora da Uisam, o curso vai contribuir para melhorar o cuidado e atenção que todos os profissionais de saúde precisam ter, em relação à saúde mental, bem como atuação na rede de atenção e na construção de territórios de paz. “Será uma oportunidade que não se deve desperdiçar. Aprimorar os nossos conhecimento devem ser primordial para quem é profissional e saúde. Ainda mais num campo que é esquecido pela maioria”, disse.