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Mais Médicos

Profissionais cubanos recebem treinamento sobre referência e contrarreferência.


Cubanos conhecem realidade de RR
 
Para encerrar a Semana de Acolhimento aos 22 profissionais cubanos do Programa Nacional “Mais Médicos”, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) finalizará nesta sexta-feira, 06, os treinamentos sobre a atuação organizacional e estrutural do Sistema Único de Saúde (SUS). Pela manhã, no auditório do Hotel Aipana, os médicos serão orientados sobre o Programa de Assistência Farmacêutica do Estado e assistirão palestra expositiva sobre a Saúde Indígena local. Já na parte da tarde, eles participam de uma reunião, a partir das 14h, no auditório do Hospital Geral de Roraima (HGR). A reunião será entre coordenadores estaduais, municipais e os médicos que atuam na Atenção Básica, para tratar da reestruturação do serviço de referência e contrarreferência prestado pelo Hospital Coronel Mota (HCM).
 
Entre os assuntos abordados pela Assistência Farmacêutica, estarão: explanação sobre a relação nacional e estadual de medicamentos, protocolos terapêuticos, além de discutir a experiência local de prescrição médica. Já sobre o serviço de referência e contrarreferência, os médicos receberão esclarecimentos e vão conhecer o fluxo de movimentação de pacientes, entre unidades básicas, ambulatoriais e Urgência e Emergência. Serão orientados também sobre a documentação necessária para que o paciente possa percorrer adequadamente as unidades dentro deste fluxo.
 
O serviço de referência e contrarreferência foi implantado pelo HCM, em abril de 2009 e oferece atendimento especializado em 33 especialidades, que atendem pacientes da capital e do interior, entre cardiologista, endocrinologista, urologista, neurologista, psiquiatra e outras especialidades. Possui também exames complexos, além do atendimento em seis programas específicos como Diabetes, Hanseníase, Hepatite, Tuberculose, Asma e Colostomia.
 
Segundo a diretora da unidade, Erineuda Teixeira, o objetivo do serviço é proporcionar agilidade e eficácia aos atendimentos de saúde. A diretora explica que de forma prática, a intenção é que inicialmente o paciente procure a Unidade Básica de Saúde (UBS) quando sentir alguma alteração ou mal estar. A UBS, através do médico clínico geral, fará a consulta e dará início ao processo de investigação da possível enfermidade. 
 
 
A investigação pode requerer algum tipo de exame básico caso o médico julgue necessário.  Com os resultados em mãos, será possível o clínico geral saber se há necessidade ou não de o paciente ser encaminhado (referenciado) a um especialista no HCM. Caso seja necessário, a pessoa inicia o tratamento especializado na unidade de referência, que quando chega ao fim, será contra referenciada, ou seja, reencaminhada ao médico de origem na Atenção Básica, para conhecimento e acompanhamento do paciente se necessário.
 
Seguindo estes protocolos, a diretora garante maior qualidade nos atendimentos. “Desta forma, é possível atender com mais eficácia os pacientes, evitando encaminhamentos desnecessários e evitando grandes filas para atendimento nos especialistas, pois muitas vezes, os casos poderiam ser solucionados nas UBSs”, esclarece Erineuda. O HCM atende uma média de 10.000 pessoas por mês, a maior demanda refere-se aos pacientes encaminhados pela Atenção Básica.
 
FUNCIONAMENTO
 
O SUS hierarquiza o sistema público de saúde em três níveis: baixa (unidades básicas de saúde), média (hospitais secundários e ambulatórios de especialidades) e alta complexidade (hospitais terciários). O paciente é atendido nas unidades de saúde de um ou outro nível, conforme a necessidade e a complexidade de seu quadro clínico.
 
Assim, pacientes de alta complexidade atendidos, por exemplo, em unidades básicas de saúde ou em hospitais secundários, podem ser encaminhados (referência) para hospitais de alta complexidade (hospitais terciários).
 
Depois de ter sua necessidade atendida e seu quadro clínico estabilizado, o paciente é reencaminhado (contrarreferência) para uma unidade de menor complexidade, para dar seguimento ao tratamento.
 
O modelo SUS de hierarquização do sistema e de referência e contrareferência do paciente procura garantir ao cidadão acesso aos serviços do sistema público de saúde - desde o mais simples até o mais complexo, de acordo com as reais necessidades do tratamento.

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