Combate ao vírus rábico
A Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), por meio, do Departamento de Vigilância Epidemiológica (DVE), vai encaminhar dois servidores para um curso de capacitação com o tema “Vigilância dos Ciclos da Raiva Urbana”, transmitida por morcegos. O curso será promovido pelo Ministério da Saúde, através da Secretaria de Vigilância em Saúde, e será ministrado, entre os dias 09 e 13 de dezembro, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
Segundo Cecília Bessa, diretora do DVE, todos os estados serão representados e de Roraima vão participar um representante do Núcleo de Controle de Zoonoses e do Núcleo de Entomologia. “Roraima enfrenta uma situação silenciosa no que se refere à vigilância da circulação da raiva nos ciclos urbanos, porque hoje não é feita a coleta de amostras e a identificação das espécies, por isso é importante que o estado tenha profissionais capacitados para iniciar esse trabalho”, esclarece.
Para Márcio Borges, que vai representar o Núcleo de Controle da Zoonoses, durante a capacitação vai ser possível ampliar os conhecimentos referentes à identificação do vírus e quirópteros, processo de captura e rotinas de acompanhamento. “Vai ser muito proveitoso, pois teremos a oportunidade de saber mais sobre o trabalho que é feito no Rio Grande do Sul, que é uma das referências nacionais, para que em 2014, possamos ter condições de treinar e capacitar novos multiplicadores, concluiu.
Segundo Borges, a raiva é transmitida pela mordida do mamífero portador do vírus rábico, que se não tratada através do atendimento imediato ou da vacina, poderá causar a morte, pois sua letalidade é de aproximadamente 99,9%. No mundo há registros de apenas dois casos que alcançaram a cura da raiva, mas ambos ficaram com muitas sequelas. “Portanto, a vigilância do agravo deve ser bem feita e de forma contínua para que não seja registrado nenhum caso de raiva no Estado”, explicou.
VACINA
Atualmente todas as unidades de atendimento do Estado contam com a vacina e imunoglobulina, para os casos de acidentes rábicos ou profissionais expostos, direta ou indiretamente ao vírus rábico.
Anualmente é feita a imunização de todos os cães do Estado. Além disso se alguém necessitar do serviço pode procurar o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), que funciona no bairro Centenário, e no interior, os núcleos municipais.
A primeira atitude é manter os animais como cães e gatos, além de animais de produção vacinados, e ao ter suspeita que o animal tenha raiva comunicar os órgãos de vigilância para que seja iniciada a avaliação e se caso positivo, ser feito o controle de foco e bloqueio. Evitar contato com o animal suspeito e em caso de mordida ou contato direto procurar a unidade de saúde mais próxima para iniciar o esquema vacinal.