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Tecnologia

Sistema promete otimizar fiscalização de obras civis em Roraima.


Cau fiscaliza melhor obras
 
Desde quando a internet se expandiu, empresas buscam na tecnologia atender a população com serviços básicos. Programas de computadores, tablets, pages eletrônicos e smartphones foram forçados a se adaptar para criar novas plataformas úteis e de fácil uso. O trabalho de fiscalização de obras em Boa Vista promete ser mais efetivo a partir da implantação do Sistema de Inteligência Geográfica (Igeo), criado pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR), que utiliza de mapas e bancos de dados on-line.
 
Funciona da seguinte forma: O IGEO dispõe de aplicativo para tablet que permite o preenchimento de formulários e fiscalização. No local da obra é possível gerar relatórios na hora e saber, por exemplo, se possuiu ou não responsável técnico ou mesmo a RRT (Registro de Responsabilidade Técnica).
 
Desde ontem (2/12), o treinamento está sendo ministrado aos agentes de fiscalização na sede do CAU/RR. Para o presidente, Pedro Hees, condiz com os preceitos do Conselho de evolução tecnológica da Instituição em todo o Brasil, a fim de reduzir obras e serviços que não estejam regulamentadas na capital e no interior de Roraima.
 
“É bom deixar claro que o CAU não fiscaliza a qualidade das obras, mas direciona o proprietário a contratar arquitetos e urbanistas qualificados e se a obra está dentro dos parâmetros legais. Ontem mesmo desabou um prédio em São Paulo, com Sistema, será mais fácil identificar profissionais responsáveis”, ressaltou Hees.
 
Com a implantação do novo sistema de fiscalização o Conselho vai desenvolver programas voltados para determinadas áreas deficitárias e criará ações de gestão que irão simplificar a tomada decisões precisas e eficientes.
 
O técnico da empresa Notoriun, Humberto Malheiros, que trabalha como instrutor de Geoprocessamento, afirmou que o sistema poupa tempo e otimiza o trabalho. O aplicativo disponibilizado em um tablet - Mobile Gis Coletor - dispensa três equipamentos utilizados no cotidiano dos agentes: a máquina fotográfica, o formulário de papel e O GPS. A base de dados do Igeo faz intercâmbio com outros bancos de dados como o Siccau, IBGE, Ministério do Meio Ambiente, entre outros.
 
O sistema dispões de três programas para a viabilidade. Um deles é o software chamado de Plataforma Arcgis - programa de computador instalado no desktop – que gerencia, converte arquivos e faz leituras. O segundo, o próprio Igeo utiliza sistema on-line para atualização de dados. O terceiro fica instalado no tablet coletor.
 
“É uma tecnologia que usa dos mapas para tomadas de decisões, por meio de análises espaciais, além de ser um sistema independente, funcionado como grande banco de dados. Nos mapas, podemos distinguir pontos coloridos que indicam as atividades em execução conforme a resolução N. 21/2012 – que dispõe das atribuições dos arquitetos”, explicou Malheiros.
 
Ananda Teles, agente de fiscalização do CAU/RR, disse que o maior problema é falta de informação, seja do profissional ou dos dados referentes a obra e que os “pontos coloridos” indicados no Igeo otimizará as diligências. “Com o Igeo, que disponibiliza muitas informações, meu trabalho será facilitado. Nele há várias ferramentas como por exemplo, observar quais os bairros que possuem cadastro, onde há arquitetos e intensificar a fiscalização onde os mapas apontam defasagem”, argumentou.
 
Para Luiza Chaves, participante da capacitação e colaboradora do CAU/RR, é uma ferramenta que nunca pensou em usar depois que se formou em arquitetura, uma vez que não havia ainda em Roraima estudos voltados em Geoprocessamento para arquitetura e urbanismo.
 
“Falta muito. Mas já tem algumas pesquisas e projetos na Universidade. Fiquei satisfeita em saber que as ferramentas desse novo sistema estão bem desenvolvidas, mais do que imaginava. Agora podemos, por exemplo, ter informações precisas, quase em tempo real. É possível dizer que termos o mapeamento de todos os bairros municípios, estados e até de países”, disse.
 
O Igeo ainda faz compilação entre o Sistema de Comunicação do CAU (SICCAU) permitindo acesso aos dados dos profissionais cadastrados. Outra novidade é a localização por meio do CEP e número da residência esclarecendo dúvidas sobre RRTs emitidas, pagas ou não.

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