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Paralimpíadas Escolares

Atletas de Roraima não vencem provas mas dão exemplo de superação.


Competir é o que vale
 
Os irmãos Gabriel e Rafael Cordovil, alunos do Centro de Educação Sesc-RR, que representaram Roraima nas Paralimpíadas Escolares 2013, que estão sendo realizadas em São Paulo-SP, desde a última segunda-feira, 25, não conseguiram conquistar medalhas na competição, mas deram um belo exemplo de superação. 
 
Os dois alunos-atletas, que têm Síndrome de Down, disputaram os 50 metros livres na natação, categoria S-14 (15 a 19 anos), de igual para igual com outros competidores que têm algum tipo de déficit intelectual.
Rafael ainda conquistou o 4º lugar em sua bateria e Gabriel chegou em último na mesma prova.“Mas, para mim, eles foram e sempre serão campeões. Ver a alegria deles quando chegaram para a disputa paga qualquer sacrifício. E também foi uma oportunidade boa para eles, que participaram pela primeira vez de uma competição nacional”, comemora emocionado o pai dos dois garotos, Luciano Barbosa.
 
Luciano destaca que o momento agora é de aproveitar essa primeira participação de Roraima nas Paralimpíadas Escolares para buscar incentivar uma maior participação de atletas na próxima edição do evento.
“A grande expectativa é que na próxima paralimpíada possamos participar com um grande número de atletas. Vamos tentar sensibilizar as autoridades para que incentivem a prática de esporte paralímpico em Roraima, para numa próxima oportunidade termos maior representatividade e mais chances de trazer medalhas”, ponderou Luciano.
 
O professor de natação do Sesc-RR, César Barros, que atuou como técnico dos dois atletas também fez um balanço positivo da participação deles na competição.“Apesar de não terem conquistado medalhas, eles nadaram num tempo dentro do que estavam fazendo nos treinos. Mas, eles acabaram sendo prejudicados pelo regulamento utilizado pelo Comitê Paralímpico, que coloca em pé de igualdade quem tem Síndrome de Down e pessoas que tem apenas algum tipo de déficit intelectual. Mas, valeu pela participação dos dois. Quebraram barreiras”, destacou.
 
César também falou da importância do evento para os profissionais da área, pois todos tiveram a oportunidade de participar de oficinas e clínicas ligadas aos desporto paralímpico.
“É uma oportunidade importante para nós também, pois temos a chance de fazer um intercâmbio com outros profissionais, trocar experiências e adquirir novos conhecimentos”, disse.
 
Os jogos
 
As competições começaram na terça-feira, 26, e foram disputadas nas modalidades futebol de 5, futebol de 7, goalball, tênis em cadeira de rodas, natação, bocha, judô, tênis de mesa e voleibol sentado e atletismo. Aconteceram em três diferentes locais: Escola de Educação Física da Polícia Militar; Palácio das Convenções no Parque Anhembi; e no Complexo Desportivo Constâncio Vaz Guimarães, Ibirapuera.
 
O evento se estende até a sexta-feira, 29, com clínicas esportivas voltadas aos profissionais e técnicos que acompanham os atletas. A cerimônia de encerramento será às 18h, no auditório Celso Furtado, no Parque Anhembi. Os jogos encerram o calendário 2013 de competições nacionais do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e são realizados em parceria com o Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência, e com a Prefeitura da capital paulista.

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