O Hospital Materno-infantil Nossa Senhora de Nazareth (HMINSN) pode se transformado em um Centro de Apoio do Ministério da Saúde, e com isso ter oportunidades maiores de capacitação dos profissionais e principalmente ser uma referência, nas ações desenvolvidas pelo Ministério, em relação à redução da mortalidade infantil e materna.
Segundo a médica Ana Carolina Brito, diretora geral da unidade, o HMI foi indicado pelo MS em março de 2013. Com isso Roraima é um dos seis estados do país, que passam por um processo de avaliação. “Estamos sendo acompanhados de perto e essa avaliação será encerrada em dezembro de 2014, até lá o Ministério vai verificar se a unidade possui condições técnicas e estruturais para se tornar um centro de apoio”, explicou Ana.
Até 2014 os estados indicados terão de cumprir uma agenda de compromissos estabelecida pelo órgão ministerial. A primeira ação é um curso de qualificação para 20 profissionais, de nível superior, que atuam em sala de parto, dividido em quatro módulos e com duração de um ano. O primeiro módulo foi realizado em outubro, e o segundo deve iniciar em dezembro.
A segunda ação é o primeiro Seminário de Boas Praticas Obstétricas e Neonatais, que começou na última quarta-feira, 20 e que reúne até hoje, sesta sexta-feira, 22, cerca de 30 profissionais de Roraima, Tocantins, Acre, Pará e Amapá. “Pela primeira vez somos anfitriões de um evento grande como este e recebendo profissionais de outros estados, tendo que viabilizar recepção, logística, conteúdo técnico, ou seja para nós é o reconhecimento de um trabalho desenvolvido na unidade”, conclui Ana.
RECONHECIMENTO
Segundo Ana Carolina, a indicação pelo Ministério da Saúde foi fundamentada em ações de gestão desenvolvidas em Roraima, como o Método Canguru, o acolhimento com classificação de risco durante o processo de internação, a visita antecipada, que ajuda as gestantes a conhecerem a unidade e se familiarizarem com o processo de parto, a Carta dos Direitos dos Usuários do SUS, além do trabalho da coordenação indígena, que atende de forma diferenciada as gestantes indígenas que buscam a maternidade, respeitando as diferenças culturais e sociais dessas mulheres.
Se a maternidade for transformada em Centro de Apoio, vão aumentar as possibilidades de investimentos financeiros e técnicos, maior qualificação dos profissionais que atuam na rede SUS, além das mudanças no atendimento da unidade, que será vista com referência para os outros estados, concluiu Ana Carolina.