Evitar agrotóxico no campo
menos oito agricultores, que vendem alimentos orgânicos na Feira da Moca, no bairro Caçari, vão receber a visita de técnicos do Departamento de Vigilância Ambiental (DVA). A aprendizagem acontece no próximo sábado, 2, a partir da 8h, na própria feira.
A ação tem o objetivo de abordar o uso de agrotóxicos nos alimentos e as consequências do uso e manuseio incorretos do produto. O momento é de coletar informações, para no futuro desenvolver atividades de conscientização sobre o uso correto de agrotóxicos nos alimentos de consumo humano.
Ate julho de 2014, a equipe do DVA espera atingir a meta de visitar todos o municípios de Roraima e finalizar o banco de dados, para em seguida planejar ações de conscientização quanto ao uso correto de agrotóxicos.
Segundo Alexandre Castilho, diretor do DVA, a visita faz parte de um cronograma de visitas, a ser desenvolvido em dezembro e janeiro, nas áreas produtivas e de vendas das principais feiras da capital, incluindo a Feira do Produtor, Feira do Garimpeiro e PA Nova Amazônia.
Durante a visita, a equipe, composta por representantes da Política de Saúde do Trabalhador, Núcleo de Produtos Químicos, Vigisolo, Vigiar e do Centro de Referência Estadual em Saúde do Trabalhador(Cerest) vão visitar cada um dos produtores, entregar panfletos, e aplicar questionários para coleta de informações sobre a utilização do agrotóxico.
As visitas em Boa Vista, dão prosseguimento às ações iniciadas em agosto, pelo Departamento nos municípios do Estado. Já foram visitadas 12 vilas, nas regiões de Rorainópolis, Pacaraima, Normandia e Bonfim. Nestas regiões foram identificados problemas que precisam ser mudados.
Castilho mencionou que muitos dos trabalhadores do sul do Estado não usavam Equipamento de Proteção Individual(EPI), que são máscaras, luvas e uniforme específico para o uso do agrotóxico, que devem ser utilizados no manuseio das substâncias químicas, bem como no processo de diluição do produto.
Dentro do calendário da equipe técnica está previsto a visita no próximo mês, o município de Caroebe e Amajari. “Eles [agricultor] precisam entender que o agrotóxico é um produto químico e não um remédio, por isso, é preciso ter cuidado para não afetar nem a própria saúde, nem das pessoas que estão ao seu redor”, alertou o diretor.
A cada visita realizada no interior, os técnicos registram as informações coletadas, e que serão somadas aos dados coletados de Boa Vista. A intenção é criar um banco de dados do Departamento, para que se possa atuar de forma mais incisiva, em relação ao uso de agrotóxicos.
DEPARTAMENTO
Departamento de Vigilância Ambiental(DVA) é vinculado à Coordenação Geral de Vigilância em Saúde (CGVS), e é composto pelo Núcleo Vigiágua, Vigisolo, Vigiquim (produtos químicos), Vigidesatre e pela Política de Saúde do Trabalhador e o Centro Estadual de Referência em Saúde do Trabalhador (CERESTE). O DVA nasceu em 2009, e busca registrar e avaliar os acontecimentos na área de meio ambiente, verificando se existe alguma ligação com a saúde da população e do trabalhador. Desta forma analisa todo e qualquer tipo de impacto ambiental e as consequências que este impacto possa causar na vida do trabalhador e da população em Geral.
O DVA, atua na capital e no interior, e envolve pelo menos 23 profissionais, incluindo biólogo, engenheiro químico, sociólogo, assistente social, odontólogo e psicóloga, e técnicos.