Pecuária indígena contra aftosa
Francisco Espiridião
Secom-RR
A Comunidade Indígena Surumu/Barro estará em festa neste domingo (20), quando o governo do Estado fará o lançamento da segunda etapa da campanha de vacinação contra febre aftosa no interior das terras indígenas Raposa/Serra do Sol e São Marcos. O início dos trabalhos está previsto para as 10h.
A vacinação é uma ação conjunta da Agência de Defesa Agropecuária do estado de Roraima (Aderr), Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Fundação Nacional do Índio (Funai). Será realizada no período de 1º de novembro a 10 de dezembro. Estima-se que sejam vacinados nessa etapa mais de 45 mil cabeças de gado bovino.
As vacinas foram doadas para o Governo de Roraima pelo Sindicato Nacional da Indústria de Produtos Para Saúde Animal (Sindan), pelo Conselho Nacional da Pecuária de Corte (CNPC) e Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (FAEPA).
A vacinação nas Terras Indígenas em fronteiras é uma ação estratégica, onde se somam os esforços dos governos federal e estadual e Comunidades Indígenas para tornar Roraima livre de Febre Aftosa.
Segunda Etapa
Fora das terras indígenas, a segunda etapa de vacinação contra a Febre Aftosa em Roraima teve início no dia 1º deste mês, na fazenda São Domingos, na estrada do Taiano, município de Alto Alegre.
Todos os criadores de bovinos e bubalinos do Estado devem aplicar a segunda dose da vacina contra a doença nos rebanhos até o dia 31 deste mês. Nesta segunda etapa, a meta da Aderr é imunizar a totalidade do rebanho, estimado em 770 mil cabeças. Esse é o tamanho do plantel cadastrado no banco de dados da instituição.
O alcance da meta de vacinação é um dos requisitos determinados pelo Mapa para conceder a mudança de status de Roraima, hoje considerado de Alto Risco para Febre Aftosa, para médio risco e, posteriormente, livre de Aftosa com Vacinação.
O objetivo é liberar o Estado para exportar carne para outros estados do Brasil, além do Amazonas, assim como também para o mercado internacional. Diante disso, todos os criadores de animais bovinos e bubalinos são obrigados a vacinar.
Os pecuaristas têm até o dia 15 de novembro para fazer a notificação do gado vacinado. Deverá, no ato, apresentar as notas fiscais das vacinas e a estratificação. Isto inclui todas as informações com as classificações dos animais, separados por idade, sexo, etc., na Unidade de Defesa Animal (UDA) mais próxima da propriedade.
O criador que não vacinar o seu plantel estará sujeito ao pagamento de multa de R$1.040,00 acrescida de R$ 65 reais por cabeça não vacinada. Além disso, o criador ficará impedido de retirar a GTA (Guia de Transporte Animal) para comercialização dos animais.