Processos de desinfecção da água
A Estação de Tratamento de Água (ETA) da Caerr (Companhia de Água e Esgoto de Roraima) foi objeto de estudo aos participantes que passam por atualização sobre o Programa de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Vigiágua). A visita técnica aconteceu na manhã de hoje, 17. A atualização é realização do Departamento de Vigilância Ambiental (DVA).
Mais de 30 técnicos da capital e do interior viu na prática, o que foi visto na teoria desde segunda-feira (14). Segundo Ivete Fernandes, gerente do Vigiágua, a aula possibilitou os participantes ver como funciona as etapas de tratamento da água in loco. “O processo começa a partir do desaguar da água do Rio Branco na estação, para passar por pelo menos sete etapas de desinfecção até chegar na rede de distribuição nas residências”, explicou.
A rede de tratamento de água, o processo ocorre em etapas: a primeira fase é a coagulação: quando a água vinda do Rio Branco na sua forma natural (bruta) entra na ETA, ela recebe, nos tanques, uma determinada quantidade de sulfato de alumínio. Esta substância serve para aglomerar (juntar) partículas sólidas que se encontram na água como, por exemplo, a argila.
Seguindo a desinfecção, vem a floculação, ou seja, em tanques de concreto com a água em movimento, as partículas sólidas se aglutinam em flocos maiores. A partir disso, por ação da gravidade, os flocos com as impurezas e partículas ficam depositadas no fundo dos tanques, separando-se da água.
Já a filtração, a água passa por filtros formados por carvão, areia e pedras de diversos tamanhos. Nesta etapa, as impurezas de tamanho pequeno ficam retidas no filtro. Em seguida, é feito a desinfecção, quando é aplicado na água cloro ou ozônio para eliminar micro-organismos causadores de doenças. Depois é aplicado flúor na água para prevenir a formação de cárie dentária em crianças.
E, finalmente, é aplicada na água uma certa quantidade de cal hidratada ou carbonato de sódio. Esse procedimento serve para corrigir o PH da água e preservar a rede de encanamentos de distribuição. Ivete lembrou que o Departamento está voltado atualmente para as zonas rurais, pois lá não há tratamento da água. “A água vem bruta dos poços, que muitas vezes, estão próximos de fossas. Aos poucos as ações corretivas estão sendo realizadas”, disse, lembrando que água que não está no padrão pode causar doenças como hepatite A, verminoses, cólera, entre outros tipos de doenças.
TARDE
Ainda no dia 17, na parte da tarde, os técnicos dão seguimento à capacitação em outro local, na Univirr, do bairro Pricumã. A turma utilizará os laboratórios de informática para manusear a interface dos sistemas de informações do Vigiágua, a fim de melhorar o desempenho e estar afinado com os recursos das ferramentas. A utilização dos computadores da Universidade continua na manhã de sexta-feira (18). A proposta que todos possam esclarecer dúvidas quanto aos sistemas de informações. “É importante que os técnicos mantenham o sistema atualizado sempre”, enfatizou Ivete.
De acordo com Alexandre Castilho, diretor do Departamento de Vigilância Ambiental, o treinamento serve para atualizar os profissionais, uma vez que 50% deles estão atuando no Vigiágua dos municípios há muito pouco tempo. “O objetivo é que cada profissional atenda da melhor maneira as demandas do programa”, disse.