00:00:00
Dispensar aumento é demagogia, diz deputado

O presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), reagiu ontem de maneira dura à decisão de alguns partidos de se colocar contrariamente ao aumento dos salários dos deputados. Chamou-os de "demagogos". "Isso é um problema desses partidos que estão fazendo apenas demagogia. Eles estão doidos por esse aumento", afirmou, depois de abrir uma sessão solene de homenagem aos aposentados, no plenário da Câmara.

O presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), reagiu ontem de maneira dura à decisão de alguns partidos de se colocar contrariamente ao aumento dos salários dos deputados. Chamou-os de "demagogos". "Isso é um problema desses partidos que estão fazendo apenas demagogia. Eles estão doidos por esse aumento", afirmou, depois de abrir uma sessão solene de homenagem aos aposentados, no plenário da Câmara. Ao discursar, nessa sessão, o presidente da Câmara se comprometeu a colocar em votação já na semana que vem a chamada "PEC Paralela da Previdência". Severino foi eleito com 300 votos, e uma das suas principais promessas foi ajustar o salário dos deputado aos dos ministros do Supremo Tribunal Federal. "Cumpri a promessa que fez com os prórpios deputados", ressalta. Trata-se de uma de proposta de emenda constitucional que ameniza as regras de transição do novo modelo previdenciário para servidores públicos e é uma "sobra" da reforma previdenciária aprovada em 2003. A PEC será votada independentemente da vontade do governo, segundo o presidente. Na entrevista, Severino cometeu um ato falho, prontamente corrigido por assessores à sua volta, quando dizia por que vai colocar o aumento salarial em votação. Disse que representava o Poder Executivo: "Eu tenho responsabilidade com esta Casa. Quem está na chefia do Poder Executivo [na verdade, Legislativo] é Severino Cavalcanti e portanto eu irei botar [em votação]". Ele também pediu que seu partido tenha dois ministérios, como vem sendo defendido pela liderança do PP. "Se o presidente Lula atender ao meu apelo, claro que eu ficaria muito feliz que desse os dois ministérios para o meu partido. Se ele não der, paciência." (FÁBIO ZANINI)
COMENTÁRIOS