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Escândalo - Professoras denunciam Carlão do Sinter com provas materiais

As professoras Edna Rodrigues de Moura e Isis Mora da Costa, sindicalizadas no Sinter/RR (Sindicato dos Servidores em Educação do Estado de Roraima) levantaram novamente denúncias sérias contra o atual presidente da entidade, Carlos Alberto dos Santos Vieira (o Carlão). Segundo Edna Moura, também membro da chapa Moralização, Carlão já deveria estar fora do Sinter por infringir o próprio Estatuto da entidade. "Ele deveria ser expulso da sindicato por cometer crimes contra o patrimônio", disse.

Amílcar Júnior Especial para o FonteBrasil As professoras Edna Rodrigues de Moura e Isis Mora da Costa, sindicalizadas no Sinter/RR (Sindicato dos Servidores em Educação do Estado de Roraima) levantaram novamente denúncias sérias contra o atual presidente da entidade, Carlos Alberto dos Santos Vieira (o Carlão). Segundo Edna Moura, também membro da chapa Moralização, Carlão já deveria estar fora do Sinter por infringir o próprio Estatuto da entidade. "Ele deveria ser expulso da sindicato por cometer crimes contra o patrimônio", disse. Com as denúncias fundamentadas com provas materiais, Edna comprovou que Carlão cometeu estelionato ao emitir os cheques: 006676 (R$ 7.622,00 no dia 01/11/2003), 000092 (R$ 7.400,00 no dia 03/11/2003), 000101 (R$ 8.571,00 no dia 06/02/2004) e o cheque 000102 (R$ 8.571,00 no dia 06/03/2004). "Todos os cheques foram devolvidos pela Caixa Econômica Federal porque estavam sem fundo", colocou Edna. Ainda de acordo com a professora, Carlão também deu continuidade ao crime de estelionato porque os cheques estão em execução, como também a penhora do prédio do Sinter/RR. Nos registros do Serasa constam ainda outros 28 cheques sem fundo e 10 protestos de títulos - todos emitidos na gestão de Carlão. "E como prova temos as certidões positivas", adiantou a professora. Antes de afastar-se para concorrer as eleições do Sinter, no próximo dia 25, Carlão ainda cometeu crime de declaração falsa, através de escritura pública. Em 15 de agosto de 2002, Carlão informou ao Tabelionato do Segundo Ofício (Livro 37, folha 059) que não foi emitido até a presente data nenhuma cessão de direito creditório dos professores. Entretanto, conforme as professoras, em 30 de agosto de 2002, Carlão firmou contrato com a empresa catarinense CEUSA - Cerâmica Urussanga S/A. "Foi vendido quinze milhões e quinhentos mil reais em créditos trabalhistas (precatório) no Cartório de registros de Titulos de Documentos de Cocal do Sul. E tal fato foi confirmado pelo mesmo na CPI promovida pela Assembléia Legislativa do Estado de Roraima (ALE/RR). As duas professoras não param por aí. Elas também provam com vasta documentação que Carlão também cometeu crime por dilapidação de patrimônio. Segundo elas, em 18 de outubro de 2004, o presidente deixou ser leiloado pela Justiça Federal uma caminhonete do Sinter/RR, por não pagar impostos federais. "E com isso, Carlão infringiu o Estatuto da entidade, em seus artigos 8 (inciso III e IV) e 10 (inciso I)", alegou Isis, ressaltando que, diante dos crimes, as eleições deveriam ser canceladas e a atual direção imediatamente destituída, ficando o sindicato sob o controle de uma comissão interventora. Um grupo de professores sindicalizados, em setembro de 2004, deu entrada na 5 Vara Civil, com uma ação ordinária com pedido de liminar de intervenção no Sinter. Carlão foi citado, mas não se defendeu. O prazo de defesa extrapolou na quinta-feira passada, dia 18. "Portanto, só falta o juiz prolatar a decisão para a comissão interventora assumir o sindicato - uma vez que Carlão não convocou eleição no tempo certo, de acordo com o Estatuto da entidade", explicou Isis, justificando que agora, com as novas denúncias, a Justiça pode reconsiderar e deferir a liminar para evitar danos irreparáveis. Diante das denúncias, todas fundamentadas com provas concretas, as professoras pedem que as autoridades competentes tomem providências imediatas. "Conclamamos o Ministério Público Federal e Estadual para adotar as providências que lhes são da sua competência", pediram as professoras.
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