Os indícios são cada vez mais claros. O governador Ottomar Pinto (PTB) e o senador Romero Jucá (PMDB) devem estar em palanques diferentes nas eleições de 2006, muito provavelmente concorrendo ao mesmo cargo, o de chefe do Palácio Senador Hélio Campos.

Os indícios são cada vez mais claros. O governador Ottomar Pinto (PTB) e o senador Romero Jucá (PMDB) devem estar em palanques diferentes nas eleições de 2006, muito provavelmente concorrendo ao mesmo cargo, o de chefe do Palácio Senador Hélio Campos. Os movimentos partidários, ainda tímidos, mostram uma revoada de aliados de Ottomar de siglas atreladas ao grupo do senador. O primeiro a anunciar que estará mais próximo politicamente do governador foi o deputado federal Alceste Madeira, que está deixando o PMDB. A tendência é que se filie ao PTB. Outro com os dias contados em legenda da base de Romero é o deputado Sérgio Ferreira, indicado vice-líder do Executivo na Assembléia. Sua saída do PPS, conforme tem confidenciado a amigos, depende apenas de uma conversa prévia com o presidente Aírton Cascavel. Sérgio Ferreira quer, na verdade, evitar estremecimento nas relações com o colega de parlamento. O deputado estadual ainda não tem endereço certo, mas não encontrará dificuldade para se abrigar onde o brigadeiro indicar e tiver espaço para conquista outro mandato. Vice Além das reacomodações partidárias, nas quais quem estava próximo do peemedebista começa a se distanciar, a filiação do senador Mozarildo Cavalcanti ao PTB, tendo o respaldo da cúpula petebista para disputar à reeleição em 2006, configura-se em outro entrave ao conchavo entre Romero e Ottomar. Uma das intenções do senador, desde que decida não concorrer ao governo do Estado, seria, pelo menos, emplacar o candidato ao Senado em troca do apoio à reeleição do governador. Aliados de Romero, porém, preferem aguardar mais um pouco antes de falar em racha. Imaginam que a vaga de vice pode ser de bom tamanho visando o pleito de 2010.