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A vergonha das vergonhas - Por Manoel Lima
Não faz muito tempo, o TRE/RR se não errou de todo pelo menos deixou de acertar na justiça de seus atos ao julgar todos os recursos impetrados pelo então candidato ao governo de Roraima, Ottomar Pinto, hoje no posto de governador por uma decisão inédita do TSE, em Brasília, improcedentes.

Brasília - Um amigo, político experiente, com larga visão do que seja o mal para os mortais destemperados de bom senso, diz sempre com certa dose de razão que quem convive com o mal, com o mal se apaga. É isso que está acontecendo com o episódio - mais um por sinal, nefasto sim - que motivou uma nova operação da Polícia Federal em Roraima. Se com o mal se faz, com o mal se paga, essa é a grande tirada do preclaro amigo roraimense por adoção, gaúcho de nascimento. Tão jovial como uma noiva virgem, o Tribunal Regional Eleitoral de Roraima tem em suas entranhas algo mais do que sujeira. Desde a sua criação e implantação em 1991, o TRE/RR tem passado por percalços que cheiravam à maledicência mesquinha de quem o dirigiu. O fausto inconcebível, a beligerância desmedida no cumprimento dos preceitos legais da Lei Eleitoral foram sempre a pauta principal desse tribunal, que abusou sim, por repetidas vezes, de fazer vista grossa a ações amparadas pela lei, mas que acabaram sendo julgadas de forma errônea e prejudicial às partes. Não faz muito tempo, o TRE/RR se não errou de todo pelo menos deixou de acertar na justiça de seus atos ao julgar todos os recursos impetrados pelo então candidato ao governo de Roraima, Ottomar Pinto, hoje no posto de governador por uma decisão inédita do TSE, em Brasília, improcedentes. O mesmo recurso acatado pelo TSE foi em Roraima mandado arquivar por falta de consistência jurídica. Da justiça dos homens togados podemos nos livrar, mas da Justiça Divina dificilmente - ou irremediavelmente - conseguimos escapar. Que a decisão da Justiça Federal em Roraima mandando prender assessores e a esposa do presidente do TRE/RR sirva de lição. Ninguém é mais justo do que a Justiça Divina. Essa é a grande realidade! A decisão do juízo federal roraimense apenas pode ter antecipado um novo imbróglio que está por vir, enlameando a justiça do novel Estado brasileiro. As informações que correm nos corredores dos tribunais federal em Brasília arriscam a ditar de que novas prisões, novos indiciamentos virão. Agora, de um tribunal superior. É esperar para ver. Tudo isso que ocorre no TRE/RR é muito lamentável para a vida do povo de Roraima. Que não merece passar por mais esse escândalo, onde uma sogra do desembargador-presidente recebia parte - ou todo - de salários de servidores. Um gueto de gafanhotos no próprio tribunal. Que vergonha!!
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