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EMPAVONADO E PERDIDO - Márcio Accioly
Todos os crimes cometidos durante a gestão tucana, na irresponsável "administração" FHC (1995-2003), vão sendo referendados pelo PT: no aprofundamento de programas herdados, na transigência com a corrupção desenfreada e na contínua entrega da riqueza nacional. Junte-se a isso a inapetência presidencial pelo rumo gerencial do governo para que tenhamos a fórmula condensada de calamidade.

Brasília - Nesta quinta-feira (10), data em que se comemoram os 25 anos de fundação do PT, o melhor presente que poderia ser ofertado ao povo brasileiro seria a renúncia do presidente da República, Dom Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP). Sua excelência já provou não ter a menor condição de governar o Brasil, por absoluto desconhecimento e despreparo. Somente a vaidade incontrolável e a alienação absoluta são capazes de continuar levando o mal alfabetizado ex-metalúrgico a brincar de governante, na condição de triste títere do capital financeiro internacional e a reboque de decisões tomadas em Washington. Decisões que são aplicadas pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, no endosso do paspalhão Antônio Palocci, ora respondendo pelo Ministério da Fazenda. Todos os crimes cometidos durante a gestão tucana, na irresponsável "administração" FHC (1995-2003), vão sendo referendados pelo PT: no aprofundamento de programas herdados, na transigência com a corrupção desenfreada e na contínua entrega da riqueza nacional. Junte-se a isso a inapetência presidencial pelo rumo gerencial do governo para que tenhamos a fórmula condensada de calamidade. O descrédito da legenda é tão grande que os cardeais partidários decidiram não celebrar os 25 anos na data devida. Empurraram os festejos para o próximo mês de março, a fim de que não coincidisse com o caso Waldomiro Diniz, o ex-braço direito do ministro chefe da Casa Civil, Zé Dirceu, flagrado pedindo propina ao bicheiro Carlinhos Cachoeira num caso em que tudo se fez para abafar e evitar a formação de CPIs devastadoras. O affair Waldomiro Diniz irá completar um ano no próximo dia 13, domingo. Mas, apesar de todas as dificuldades enfrentadas, as pesquisas têm indicado que a lama derramada não tem salpicado em cima de Dom Luiz Inácio. Ele tem passado incólume, bebendo diariamente mais do que deveria, fumando cigarrilhas importadas da Holanda e vivendo literalmente no ar. A despeito de ter dado uma guinada de 180 graus no seu discurso, sua excelência continua firme nos índices de aprovação e parece caminhar célere para um segundo mandato. Já se pretende até mesmo prolongar a sua permanência no Palácio do Planalto para 10 anos, o que acontecerá se for aprovada uma medida em que se elimina o instrumento da reeleição, estipulando-se mandato único com a duração de seis anos. Como isso só passaria a valer a partir do próximo pleito, Dom Luiz Inácio teria condições de assumir um novo período (caso reeleito), atendo-se às novas regras. A dificuldade maior parece residir no fato da saturação que o acontecimento poderia causar. O último período presidencial brasileiro de seis anos aconteceu na gestão militar do general Figueiredo (1979-85). Uma eternidade! Sem pulso, sem comando, sem noção do que ocorria em derredor, o general foi sacudido por várias contrariedades, inclusive com a explosão da bomba do Riocentro (1981), provocada por militares da linha dura que buscavam novo fechamento do regime. Pode ser que Dom Luiz Inácio consiga novo mandato, pois a propaganda é o forte de sua administração e os marqueteiros chefiados por Duda Mendonça estão vendendo ao povo brasileiro um personagem fictício, que não tem como se materializar. Mas ninguém vive só de imagem, há de se dar uma mínima satisfação aos problemas que se apresentam. No final do mandato, Figueiredo saiu pela porta dos fundos, envergonhado de si mesmo e do lamentável papelão desempenhado. Dom Luiz Inácio parece seguir o mesmo caminho. Email: [email protected]
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